Durante o desembarque nesta tarde de segunda-feira (7) no Aeroporto Marechal Rondon os jogadores do Mixto Esporte Clube estavam cabisbaixos com a situação de azar que paira sobre os lados do alvinegro. O diretor técnico do time, José Vicente Tim, disse que autorizou a ida dos jogadores para a lanchonete que fica em frente ao hotel, mesmo após a derrota na partida mais importante para o Mixto em 2013, refutando a tese de que Kall, jogador que foi agredido e permanece internado em estado grave em um UTI em Juiz de Fora-MT, tenha fugido da concentração.

“Eu autorizei. Eles estavam com fome era quase 23 horas e eles ligaram em meu quarto e pediram pra descer e comer alguma coisa. Depois de uma hora recebo outra ligação dizendo que o Kall estava ferido e precisava de um hospital. Não houve confusão arranjada. Houve uma richa de gangues e confundiram o atleta mixtense”, contou Tim.

Agredido em Juiz de Fora, atleta do Mixto está internado em UTI com traumatismo craniano
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No domingo, que deve ser esquecido, o tigre perdeu a classificação para a Série C ao ser derrotado pelo Tupi, de Juiz de Fora. AO final da noite um de seus principais jogadores foi espancado e sofreu traumatismo craniano. No portão de desembarque alguns atletas preferiram não se pronunciar sobre o acontecido. O meia Kiko, que estava com Kall na hora do fato, passou pela imprensa e foi direto ao ônibus de cabeça baixa e com os olhos rasos d’água.

Geovane, outro jogador cuiabano que é muito ligado ao volante que se tornou vítima após ser confundido com membro de uma gangue, disse que daqui pra frente é rezar e pensar positivo para que Kall melhore. “Perder ou ganhar são coisas do futebol, mas ver um amigo nosso, ídolo de nossa torcida e um de nossos principais jogadores, na cama de um hospital desmaiado é muito ruim. Peço aos nossos torcedores e amigos. Por favor, rezem pelo Kall. O Kall precisa de forças positivas”, disse o jogador.

O técnico do time, Ito Roque preferiu não comentar sobre o assunto e pede que todos que tenham fé ajudem o jogador com orações. “O que temos a pedir são orações. Orações e só”, enfatizou o técnico.

Quanto a desclassificação ninguém preferiu comentar. Até mesmo porque o momento não era propício. “Nós pedimos que o s verdadeiros mixtenses, os verdadeiros amantes do futebol e amigos do Kall que façam orações e muitas correntes de pensamentos positivos. Parece até ser cansativo pedir isso, mas o caso é grave. Ele está com traumatismo e coagulo na cabeça. A família dele está lá e um membro do Mixto. Ele está amparado, mas sabemos que em momentos assim as forças ocultas são as que mais agem, portanto fé é a palavra de ordem no elenco”, finalizou Tim durante o desembarque.

Um dos integrantes da Comissão técnica do Mixto que estava com Kall e outros atletas durante a confusão é o mordomo da equipe, Luiz Humberto da Silva, conhecido como Betinho. Ele contou que o rapaz primeiro atingiu a nuca do jogador e depois passou uma rasteira. “O tombo foi forte. Ele sangrou muito. Corri atrás do cara que bateu no Kall e deu umas bicudas nele, mas depois chegou mais gente. Sorte que tinha um policial perto e fez o povo correr, mas quando voltei meu amigo estava caído. Foi uma cena muito forte”, garante Betinho.

O jogador segue internado em estado grave e não deve ser transferido para Cuiabá, a princípio.