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Sábado, 22 de junho de 2024

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OPERAÇÃO APRENDIZ

Delação premiada a João Emanuel é descartada pelo MPE; promotor acredita em tática de intimidação

Foto: Reprodução

Delação premiada a João Emanuel é descartada pelo MPE; promotor acredita em tática de intimidação
Titular das investigações sobre o esquema de fraudes em processos licitações na Câmara de Cuiabá e um suposto esquema de grilagem de terras, o promotor de Justiça de Mato Grosso, Marcos Reginold, afirma que não é de interesse do Ministério Público Estadual empregar o recurso de delação premiada em favor do principal investigado e beneficiário do suposto esquema, o vereador João Emanuel (PSD).


Policial do Estado cedido à Prefeitura operacionalizou prova contra João Emanuel
Mauro Mendes afirma que não interferiu na gravação de vídeo comprometedor de João Emanuel

Na última quinta-feira, o MPE deflagrou a operação Aprendiz  resultando na apreensão de 20 computadores na Câmara Municipal de Cuiabá, além do cumprimento de mandados de busca em sua residência e no afastamento do presidente João Emanuel.

“Isso é armação para tentar dar medo aos vereadores. Você só emprega desse recurso quando necessita. O que não é o caso. Isso é batom na cueca. Temos provas mais do que robustas. Essas afirmações são uma armadilha para dar medo aos vereadores para que não aprovem o pedido de cassação do João Emanuel”, afirma.

Ele ainda ratifica que "essa é uma tática de defesa que serve ao intento de intimidação aos vereadores. Na verdade, nós já estamos é buscando provas, materialidade para outros crimes”.

Entre as provas coletadas pelo MPE estão dois vídeos. O primeiro trata de uma reunião do assessor de João Emanoel e a empresária dona de uma gráfica que seria beneficiada com esquema de direcionamento de processo licitatório. No segundo vídeo, com 26 minutos, o presidente afastado afirma à empresária que poderia contratar seus serviços para a campanha eleitoral e também “beneficiá-la” com a vitória em um certame no Legislativo cuiabano.

“Se eu quiser fazer um registro de preço nosso lá, a gente faz, coloca um item ai, uma máquina que vocês só tem, ou enfim cria um... Não, não pode colocar [marca] tem que colocar só inspeção de vinte e quatro horas e tal e vocês, enfim, nós pagamos um trabalho lá pra arrumar”, declara.

Na gravação, o parlamentar chega a citar os colegas de plenário, fato que fez com o Gaeco notificasse todos os outros 24 vereadores para prestarem esclarecimentos sobre a suspeita de que eles receberiam propina do esquema.

"Os vídeos são verdadeiros e já foram validados por um sistema que comprova que não houve nenhum processo de edição", finaliza o promotor Marcos.

Defesa

Questionado sobre a ação, João Emanoel afirma com veemência que mantém uma conduta idônea e nega qualquer envolvimento com as práticas criminosas. Ele reafirma ter sempre se colocado à disposição do MPE para prestar declarações e ter encaminhado cópias de documentos e materiais solicitados pelos promotores. Quanto ao esquema de grilagem, ele declarou desconhecer a investigação e afirma que a ação possui viés político visando o pleito 2014.

A próxima terça-feira pode ser definitiva na carreira do presidente afastado, já que os vereadores se articulam pela destituição permanente do cargo da presidência.
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