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Domingo, 28 de julho de 2024

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Edivá contesta IDC, mas concorda que transporte coletivo deixa a desejar

O secretário municipal de Transportes Urbanos, Edivá Alves, defendeu-se,ontem ( 11 ), das declarações dadas pelo Instituto de Defesa do Consumidor, IDC, sobre a planilha de cálculo das tarifas do transporte urbano. Ele disse que as informações do instituto não são verdadeiras, e que não existe nada definido sobre um possível aumento de tarifa. Edivá, porém, afirma que a única coisa que está errada no sistema de transporte urbano de Cuiabá é a qualidade do serviço oferecido.


“O serviço oferecido à sociedade não está bom. É por isso que se cria toda essa história em torno do transporte público em Cuiabá”, diz o secretário. As questões relacionadas à qualidade, como número de linhas, linhas ausentes, mau funcionamento de postos de recargas e problemas similares, Edivá assume e diz que está iniciando um forte trabalho de melhoria.

Ele conta que, logo no início da manhã de ontem, foi visitar o terminal de ônibus do CPA III e ouviu inúmeras reclamações, e que, amanhã ( 13 ), vai criar uma comissão  tripartite. Essa comissão será formada pela SMTU,  e representantesdas empresas de  ônibus e microônibus. “Ela vai trabalhar nos próximos 30 dias levantando todos os problemas, tais como superlotação, itinerários, horários, ausências e outros”, explica Edivá. 

Aumento da tarifa

“As pessoas concordariam com um aumento de tarifa se o serviço fosse de qualidade”, diz o secretário Edivá Alves. Ele também faz questão de frisar que, nesse caso de preço de tarifa, não fará nada escondido do povo, e defende-se das especulações que têm sido feitas ultimamente sobre o assunto.

Ele explica que os empresários da área solicitaram um aumento no mês de dezembro de 2008, e que criou-se um impasse com o Ministério Público sobre a possibilidade, ou não, desse aumento ser realizado. A SMTU está dando os esclarecimentos necessários ao MP e Edivá conta que, assim que essa questão judicial for resolvida e o aumento permitido, ele irá reunir o Conselho Municipal de  Transportes e, juntos, todos vão discutir o novo valor da tarifa.

A partir disso, a nova tarifa discutida servirá como sugestão ao prefeito Wilson Santos, que irá aceitá-la ou não. Edivá explica que as discussões do conselho terão base em cálculos técnicos. A SMTU já fez um cálculo preliminar de R$2,42 para a nova tarifa, o que, segundo eles, é mais baixo que o cálculo do Conselho Regional de Economia, de R$2,52. “Eu não estou dizendo que a nova tarifa terá o valor de R$2.42. Isso ainda será discutido”, alerta o secretário.

Irregularidades e  defesa

Quando o assunto é irregularidade no cálculo da tarifa de ônibus, o secretário Edivá Alves questiona item a item declarado pelos estudo do IDC, com o auxílio de Antônio Boamorte da Silva Neto, técnico da SMTU. Os dois rebatem as informações dadas pelo instituto, com base em estudos na planilha. Afirmam que o número de passageiros informado não é irreal, apenas que o cálculo orientado pelo Ministério dos Transportes dá pesos diferentes para passageiros normais, com desconto ou gratuitos. Ou seja, o número equivalente, que vai para a planilha, é menor que o número exato de pessoas que entram e saem dos ônibus.

O técnico, de posse de uma planilha que afirma ser a mesma que o IDC tem nas mãos, diz que o lucro das empresas de transporte é em torno de 6% ao ano, e não 12% como divulgou o instituto. Ele também contesta o valor informado sobre o combustível. “O diesel vem de Alto Taquari e custa R$2,0981 o litro, diferente das bombas na cidade, onde está em torno de R$2,35”, explica.

Sobre a frota sucateada, o técnico e o secretário dizem que os ônibus de Cuiabá estão em total conformidade. Eles afirmam que a lei diz que a média de idade de toda a frota deve ser de 3,5 a 4,5 anos, e não que cada ônibus, individualmente, deve ter até 4 anos de idade. Nestes cálculos, a frota de Cuiabá tem 3,99 anos, mesmo que existam 14 veículos do ano de 1.998, mais 30 de 1.990, 24 de 2.000 e mais.

Filas para recarga

Sobre a questão das filas para recarga dos cartões , Edivá diz que o grande problema está com a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU). “Peguei a SMTU com essa situação já instalada. Acho que a MTU não tem estrutura para atender toda a demanda em um mesmo prazo”, diz o secretário.

Ele diz que a MTU errou muito e que a secretaria pecava por não intervir, participar mais o processo. “As reclamações chegavam e talvez não fossem atendidas”, especula. Ele afirma que, em sua gestão, a SMTU vai ter mais participatividade e inserção nessas questões.
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