O depoimento de duas testemunhas oculares da morte do jovem Ademar Silva de Oliveira, de 19, registrado em 7 de janeiro de 2014, na avenida República do Líbano, em Cuiabá, apontam para o crime de homicídio na forma dolosa, quando existe a intenção de morte. O rapaz, que era surdo e possuía a problemas mentais, foi morto com um tiro no peito durante uma abordagem de policiais militares do 10º Batalhão. Três policiais atenderam a ocorrência que informava sobre a suposta ameaça de um homem armado caminhando pelas ruas do bairro. O sargento que comandou a ação informou ser o responsável pelo disparo.
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“Toda a ação é questionada. Pela análise do depoimento das testemunhas oculares é possível o indiciamento pelo crime na forma dolosa, mas só irei me manifestar oficialmente após a chegada dos laudos”. A afirmação é do delegado Geraldo Gezoni Filho, responsável pelas investigações do caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O delegado informou ainda que aguarda para o final deste mês os laudos do local do crime, assim como da análise das imagens das câmeras de segurança pertencentes a uma marmoraria instalada nas imediações do local do crime, assim como de balística nas armas dos policiais militares envolvidos na ação.
Para à Polícia Civil, o sargento informou que agiu para se defender da ameaça de ser atingido pela vítima. O jovem morto estava armado com um facão em seu short . Sem poder ouvir, o rapaz não atendeu a ordem dos policiais militares para que fosse submetido a abordagem. Ao perceber a presença dos militares ele chegou a esboçar a reação de colocar as mãos ao lado do corpo, mas terminou sendo atingido. Ele morreu no local. A Corregedoria da Polícia Militar também instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime.