Três pessoas morreram durante abordagens policiais ‘desastrosas’ no primeiro semestre de 2014 em Cuiabá. Entre as vítimas estão o deficiente mental Ademar Oliveira, 19, morto em fevereiro, o Policial Militar Danilo César e a jovem Karina Fernandes Gomes, ambos na tentativa de assalto à C^mabio Rápido. Dados das Ouvidorias das Polícias em Mato Grosso revelam que durante todo ano de 2013, o órgão recebeu quase 1.050 reclamações, sendo que cerca de 30% delas são relacionadas a abordagens policiais, conforme o ouvidor Teobaldo Witter.

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Para Teobaldo, está se voltando o uso de armas letais de forma ‘equivocada’. “Isso revela um despreparo das policias”, argumenta. Ainda segundo o ouvidor, além de melhor preparo das polícias há também a necessidade da adoção de armas não letais pelas corporações.

Teobaldo, que também é mestre em teologia, lamentou o episódio envolvendo o policial militar Leandro Almeida de Souza, 22, que acabou matando seu parceiro de corporação e a jovem atendente da casa de câmbio ‘Rápido’, no final do mês de janeiro.

“Temos que analisar toda a situação e o estado psicológico do policial que atirou. Parece que foram cerca de sete tiros disparados por ele, o que é uma situação complicada que poderá resultar em um processo administrativo e até mesmo expulsão do PM”, declarou o teólogo.

O ouvidor também lembrou que a discussão da inserção de armas não letais já foram iniciadas. Porém, o processo demandará tempo até se aprovar o uso, regulamentar e adotar o instrumento. Os debates sobre as armas de choque taser iniciou-se no final de 2013.