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Sábado, 22 de junho de 2024

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CONDOMÍNIO JAPUÍRA

Alvo da Ararath, Fernando Mendonça confirma venda de terreno por R$ 1 mi e valor na escritura de R$ 500 mil

Foto: Danilo Bezerra/ Olhar Direto

Cinco fases da Operação Ararath já foram desencadeadas desde novembro do ano passado até agora

Cinco fases da Operação Ararath já foram desencadeadas desde novembro do ano passado até agora

O empresário Fernando Mendonça, proprietário da Global Participações Empresariais, confirmou a negociação de um terreno no condomínio de luxo, Japuíra, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, pelo valor de R$ 1 milhão ao empresário Gércio Mendonça Júnior. O contrato é apontado pela Polícia Federal como sendo empregado para lavagem de dinheiro já que a negociação original seria no valor de R$ 500 mil. Fernando Mendonça nega o crime e declarou que irá pagar os valores devidos pela negociação.


“A nossa relação de amizade começou em 2002, mas conheço desde que ele chegou a Várzea Grande, mas só depois que ele se casou pela segunda vez, nossas esposas tiveram mais contato, até por causa dos nossos filhos”. Ele nega que tenha sociedade com Júnior Mendonça.

A Polícia Federal aponta suspeitas para lavagem de dinheiro e emprego de ‘laranjas’ já que a Global Participações adquiriu um terreno no condomínio Japuíra no valor de R$ 35 mil e 15 meses depois, o revendeu a Júnior Mendonça pelo valor ‘fictício’ de R$ 500 mil, conforme registro feito junto ao cartório do 7º Ofício em Cuiabá.

A apreensão de documento de promessa de compra e venda, firmado entre a Global Participações e Gércio Marcelino Júnior (Júnior Mendonça), datado de 18 de dezembro de 2013, mostra que esse instrumento não foi citado na escritura pública, registrando que a negociação do imóvel foi fechada em R$ 1 milhão. Em sua defesa, Fernando Mendonça aponta que o valor, de fato, foi pago por Júnior Mendonça que realizou parte do pagamento em favor do empresário Eder D’ Agostin, o qual transferiu a integralidade do montante recebido em favor da Global Participações.

Na defesa apresentada para Polícia Federal ele aponta que o artifício se deu porque tinha a intenção de revender o terreno pela quantia de R$ 750 mil e não obteve interesse de Júnior Mendonça inicialmente. Tempos depois, foi procurado e informou que havia revendido o mesmo a Eder, e que ele não revenderia por menos de R$ 1 milhão. Dessa forma, Júnior Mendonça aceitou a negociação.

Ele aponta na defesa que Agostin  atuou como anuente no contrato de compra e venda porque Gércio acreditou que estava comprando dele o imóvel, sendo que não havia formalização no processo de aquisição. Já o registro da escritura, feito no valor de R$ 500 mil, reduzido frente à realidade da operação, será objeto de retificação que recolherá o excedente do imposto devido e não recolhido pelo comprador, vem como as multas e juros aplicados.

Em inquérito policial, Fernando Mendonça é descrito como sendo um dos operadores de sistema de créditos clandestinos em Mato Grosso empregando empresas distintas para movimentações, assim como o delator do esquema, Júnior Mendonça. As informações de Júnior já deram origem ao cumprimento de mandados de busca e apreensão e originou diversas investigações quanto as ramificações de empresas utilizadas com essa finalidade. O ex-secretário de fazenda, Eder Moraes é apontado como sendo o principal articulador do esquema. Ele permanece preso em Brasília desde dia 20 de maio.
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