A Polícia Civil investiga em Mato Grosso a adoção ilegal ou venda de um recém-nascido para um casal morador do Paraná. O bebê nasceu no último dia 16 de julho na cidade de Rosário Oeste (a 92 km de Cuiabá), mas o registro de desaparecimento da criança foi feito junto à polícia somente no dia 23, pelo tio do bebê. A criança é filha de uma usuária de drogas de 23 anos, que mora na cidade de Nobres (distante a 16 km de Rosário Oeste) e foi a cidade vizinha para o parto. O caso é investigado pelo delegado municipal de Nobres, Éder Clay Santana.

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A mãe da criança – que é moradora de Nobres – afirmou ao delegado que foi até Rosário Oeste para ter o bebê e quando retornou a Nobres fez a doação ilegal. Formalmente, ela negou que tenha vendida a criança, mas há suspeitas quanto ao pagamento  o que poderia incidir no crime de tráfico de pessoas. A mãe da criança  não reside com seus familiares e permaneceu durante a gestação na casa de uma ‘colega’. Como o casal teve acesso a informação sobre a gestação é alvo de apuração.

O casal paranaense, que possui uma condição financeira bastante favorável de acordo com a polícia, foi identificado  e deverá se apresentar na próxima semana na Delegacia Municipal de Nobres juntamente com a criança, um menino. 

A assessoria da Polícia Civil informou que as partes envolvidas no caso já estavam em conversação durante a gestação e que a mãe da criança, assim que deixou o hospital em Rosário Oeste, entregou a documentação do nascimento para o homem vindo do Paraná. Munido com esse documento, ele se deslocou até o cartório da cidade onde registrou a criança como sua filha. Na certidão da criança consta o nome da mãe biológica e o dele.

Mediante o suposto processo de adoção ilegal da criança caberá à Justiça determinar com quem permanecerá a guarda do menino.