A demanda de policiais no Estado é tamanha que alguns municípios mato-grossense possuem um efetivo mínimo para o trabalho preventivo. “Temos alguns municípios hoje, alguns distritos, de algumas unidades da Polícia Militar que tem apenas dois homens. Dois homens trabalhando no dia-a-dia”. A afirmação é do comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barboza, ao citar que o Estado já deu início a um trabalho de contabilização de quantos são e para que órgãos e autoridades estão cedidos dezenas de policiais militares.
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Hoje, o efetivo da Polícia Militar é de cerca de 6,8 mil homens e estudos indicam que o dobro seria o efetivo ideal para os 3,1 milhões de habitantes do Estado. Na prática, proporcionalmente, os números representam que cada PM é responsável por 455 habitantes.
“Na verdade eu chamo de inventário do efetivo que está posto. E com este inventário é que nós desejamos trazer alguns policiais. Claro, existe uma previsão legal de alguns órgãos e entendemos de repente de fazer uma política de aproximação para que venha atender a um clamor nosso. Sabemos que alguns policiais estavam cedidos para A e terminou no B. Hoje, nós não sabemos quantos são”, informou.
Entretanto, dados da Secretaria de Segurança Pública na gestão Silval Barbosa (PMDB) no ano de 2014 apontam que pelo menos 1.060 policiais estavam em atendimento a órgãos públicos e atuando para segurança de autoridades.
O comandante geral da Polícia Militar afirmou ao Olhar Direto que o levantamento encontra-se em fase de finalização e somente com a disponibilidade de um número real é que se desenhar um novo cenário para reforço na segurança.
O secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, pontuou que a situação é uma preocupação da atual gestão do Executivo: “Nós já estamos na fase final do relatório com relação a esses policiais que foram deslocados. E nós vamos atuar, sim, atuar esse sentido. É um compromisso assumido. Para se ter uma ideia a cidade de Campo Novo dos Parecis possui efetivo de 19 policiais e nós temos três deles que estão cedidos para o Fórum. Ou seja, 20% do efetivo não está em sua finalidade fim”.
Ele pondera, no entanto, “lógico que não vamos atuar de forma açodada para deixar nenhum órgão desamparado, mas esse é um compromisso assumido no plano de 100 dias”. Cita ainda que foi instalada uma comissão para elaborar uma política pública - que não se restringirá a atual gestão – para composição do quadro de servidores da Polícia Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros e Perícia Criminal.
