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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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Traficantes fazem trenzinho da droga em carnaval na Vila Madalena, em SP

Traficantes fizeram trenzinho de drogas durante o carnaval na Vila Madalena, em São Paulo, na madrugada deste sábado (15). Eles ofereceram livremente maconha, cocaína, lança-perfume e doce (LSD). Vários 'pancadões' se espalharam entre as principais ruas da folia no bairro e incomodaram moradores da região.


A reportagem do G1 percorreu as ruas Inácio Pereira da Rocha, Mourato Coelho, Belmiro Braga e Fidalga, onde os foliões se concentraram na Vila Madalena durante a madrugada de carnaval deste sábado, e flagrou a forma como funcionou o comércio de drogas durante a folia.

Pequenos grupos de rapazes, em trenzinho, circularam em meio à multidão dizendo: "maconha, pó e lança (perfume)". Os mais descarados ainda completavam com a informação "biqueira do Marcola", em menção ao traficante Marco Camacho, o Marcola.

Outros circulavam entre os foliões anunciando: "olha o doce, olha o doce!". Doce é o nome dado por usuários e traficantes ao LSD.

O consumo de maconha era o mais comum, além do da bebida alcoólica, evidenciado seja pela fumaça ou por pessoas enrolando cigarros da droga sem timidez.

Lança-perfume na lata

Outra droga oferecida e consumida pelas ruas da Vila Madalena foi o lança-perfume. O anúncio era feito pela maneira já mencionada acima e também desta forma, rimada: "mão que balança quer lança". Já o consumo era feito em pequenas latas de cerveja, para disfarçar em caso de abordagem policial. A única recomendação dos traficantes era "deixa o buraco da latinha fechado para não evaporar".

Os preços das drogas variam. Uns ofereceram o cigarro de maconha por R$ 10. A cocaína oscilou de R$ 20 a R$ 30, sem que a quantidade fosse especificada pelo traficante. O doce saía por R$ 20. O lança-perfume era vendido a R$ 50, mas podia chegar a R$ 30, dependendo da negociação. A droga já vinha na latinha de cerveja e até era provada pelo vendedor para atestar a qualidade do produto.

O designer inglês Tom Green, de 49 anos, disse que não consegue sair de casa durante o carnaval por causa da violência dos foliões que ficam parados na frente de sua casa e de sua loja, na Rua Inácio Pereira da Rocha. Ele fez vários vídeos que mostram pancadões durante a madrugada de carnaval sob a janela de onde mora. "São pivetes que jogam coisas. Uma das janelas, de alumínio, ficou amassada e precisamos deixar fechada."

Em um dos vídeos registrados por ele, foliões atiram garrafas, pedaços de pau e outros objetos contra a janela de sua casa. Outros ainda o intimidam a descer. "Todos dia é isso, brigas, barulho. Não tem polícia que nos dê segurança. Nenhuma polícia vem parar os pancadões."

Green já entregou em mãos um abaixo-assinado para o prefeito Fernando Haddad pedindo providências durante festas e eventos culturais realizados no bairro. 

Tom também é diretor do Conselho de Segurança de Pinheiros (Conseg), membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades) e coordenador do movimento SOSsego Vila Madalena. 

A Polícia Militar não informou se houve prisões em flagrante de tráfico de drogas ou se houve apreensão de entorpecentes. O balanço oficial sobre a operação policial realizada durante a madrugada deste sábado será divulgada ainda nesta manhã. 
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