O secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, criticou duramente a gestão passada por conta das péssimas condições das rodovias estaduais de Mato Grosso. O gestor citou o problema na MT-246, que liga Jangada a Barra do Bugres, onde duas grandes crateras se formaram por conta da chuva, como um dos exemplos do abandono das MTs: “A erosão é mais uma prova do caos”.
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As crateras se formaram na última sexta-feira (20) durante uma chuva intensa na região. Em um dos pontos, as duas pistas cederam e foram levadas pela enxurrada. Nenhum veículo está conseguindo passar pela rodovia estadual. A Polícia Militar fez a sinalização emergencial, pois uma longa fila de veículos chegou a se formar.
O secretário Marcelo Duarte determinou que fosse acionada a construtora Guaxe, detentora do contrato de recuperação da rodovia. A empresa vinha tapando os buracos na estrada. Um plano emergencial também está sendo montado, junto com a Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) para corrigir o problema.
Segundo consta, o bueiro que estava instalado no local era antigo e não suportou a força das águas: “Os trabalhos emergenciais serão iniciados de imediato. O bueiro velho será substituído por uma galeria de concreto, que passará a ser o padrão no Estado. A erosão é mais uma prova do caos das nossas rodovias estaduais, que nos últimos anos não vinham recebendo a manutenção necessária”, disparou o secretário.
Desvio
De acordo com as informações do locutor Arizona, que acompanha a situação das rodovias de Mato Grosso, há um desvio próximo a Bauxi, em um posto na região do Curupira. Porém, a estrada é de terra e com as fortes chuvas está praticamente intrasitável: "Carro pequeno dificulmente passa ali", ressaltou ele. A alternativa seria utilizar a rota Diamantino,Arenápolis, Nortelândia e Denise, para ai sim chegar em Barra do Bugres.
O trecho aumentaria a viagem em mais 150 km. Porém, o trevo de Diamantino está interditado pelos caminhoneiros e transportadores que realizam um protesto.
Manifestação
Com isto, mais uma rodovia de Mato Grosso está bloqueada. Isso porque oito cidades do Estado aderiram a manifestação dos transportadores e caminhoneiros contra os preços baixos do frete e 'abusivo' do óleo diesel. Além disso, o setor reivindica que o governo de Mato Grosso seja o regularizador do preço do frete, sanção sem vetos por parte da presidente Dilma Rousseff da Lei do Motorista aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, onde a hora extra pode chegar a 4 horas, além de melhorias na infraestrutura das rodovias, entre outras demandas.
Os protestos tiveram inicio há 15 dias em Campo Novo dos Parecis e Tangará da Serra. Após o Carnaval iniciaram em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum. Sinop aderiu ao movimento na quinta-feira (19) e Rondonópolis na sexta-feira (20) no começo da tarde. Já Diamantino, segundo os manifestantes, na manhã deste sábado (21).
