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Terça-feira, 25 de junho de 2024

Notícias | Cidades

Justiça nega liberdade a ex-diretor e a agente após fuga de cadeia em MT

A Justiça de Mato Grosso negou liberdade ao ex-diretor e a um dos agentes envolvidos na fuga da Cadeia Pública de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. No dia 5 de fevereiro deste ano, 27 presos fugiram pela porta da frente da cadeia, depois que duas mulheres seduziram e doparam dois agentes penitenciários durante uma 'festinha', libertando os detentos da unidade.

O primeiro pedido negado foi em relação a um dos agentes, preso junto com o diretor e outro agente na Cadeia de Santo Antônio do Leverger, a 35 km da capital mato-grossense. A defesa do agente entrou com pedido de revogação da prisão preventiva na última terça-feira (10). A juíza Helícia Vitti Lourenço, da Primeira Vara de Nova Mutum, não encontrou condições, segundo os autos do processo, de que o agente possa ter a prisão revogada. Com isso, indeferiu o pedido e manteve a prisão preventiva do servidor.

Já o ex-diretor, Henrique Francisco de Paula Neto, teve o pedido de habeas corpus negado na última sexta-feira (13) pelo desembargador Pedro Sakamoto, da Segunda Câmara Criminal. O advogado de Henrique, Marco Antônio Dias Filho, afirmou no pedido de HC que o ex-diretor estava fora do expediente de trabalho e dormia no alojamento no momento em que ocorreu a fuga, sem ter percebido qualquer movimentação suspeita.  O advogado afirma que o cliente só soube da fuga no outro dia pela manhã.

No entanto, o desembargador afirmou na decisão que existe a necessidade de manter a prisão dos envolvidos na fuga, levando em consideração a gravidade da fuga. “Considero ainda a informação no sentido de que a ocorrência de ‘festinhas com garotas de programa’ era frequente no estabelecimento prisional, nas quais o paciente supostamente se fazia presente”, disse Sakamoto na decisão.

Investigação
O inquérito policial sobre a fuga já foi encaminhado para a Justiça de Mato Grosso. Porém, a delegada responsável pelo caso, Angelina de Andrade, continua investigando as denúncias de corrupção e outras irregularidades que aconteciam na cadeia. As jovens permanecem presas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), os agentes são acusados de exigir o pagamento de propina para facilitar a entrada de aparelhos celulares, bebidas e drogas dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum. Até mesmo churrascos vinham sendo realizados no interior da unidade prisional.

Depoimentos colhidos pelo MPE, no decorrer das investigações, demonstram que as práticas de corrupção ocorreram por diversas vezes. Consta na ação cautelar que as propinas exigidas pelos agentes carcerários para concessão de benefícios aos presos variavam de R$ 800 a R$ 1,5 mil.
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