A atriz Juliana Medianeira Guerin, de 29 anos, prestou depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (2), e reafirmou ter sido agredida por um suposto policial, na noite do último sábado (28), em uma lanchonete localizada na Avenida Isaac Póvoas.

O advogado da atriz - que, em 2013, foi eleita Miss Bumbum do Distrito Federal -, André Albuquerque, informou que vai entrar com uma ação criminal contra o agressor, por lesão corporal e injúria. Ele acrescentou que vai pedir ainda uma indenização por danos morais e materiais.

“A Juliana trabalha com a sua imagem e, por conta da agressão, teve que desmarcar vários compromissos. Ela não vai aparecer com o rosto todo inchado; por isso, além de pedir indenização por danos morais, vamos entrar com ação por danos materiais”, disse o advogado.

De acordo com o Alburqueque, a Polícia já está atrás do agressor. O advogado afirmou que ele não deve cumprir prisão, apenas uma sanção peculiar de prestação de serviço à sociedade.

A Miss Bumbum, que disse atuar na Rede TV de São Paulo, com participações no quadro "Teste de Fidelidade", contou que começou a discutir com uma mulher, dentro da lanchonete, quando o agressor, que seria namorado da mulher, chegou e começou a espancá-la.

Segundo Juliana, ele estava completamente embriagado e também teria dado tapas em três de suas amigas que estavam no local.

“Eu e mais algumas amigas estávamos juntas, com pessoas de muita influência do Estado, num camarote de uma boate. Outras mulheres que estavam ao lado começaram a sentir ciúmes e jogaram champanhe em nós. Houve uma pequena discussão, mas, para mim, estava tudo terminado ali mesmo”, afirmou a atriz.

“Para minha surpresa, uma das mulheres apareceu na lanchonete, onde eu e mais três amigas estávamos e começamos a discutir. De repente, esse homem, que é um playboy da cidade, chegou, não sei de onde, e começou a me espancar”, completou.

Juliana contou ainda que um amigo do suposto policial jogou o carro em cima dela, mas não a atingiu.

“Eles saíram correndo da lanchonete, quando eu disse que ia chamar a Polícia. Eu corri atrás deles para tirar foto da placa do carro, quando o amigo do agressor tentou me atropelar”, relatou.

A atriz disse que vai levar o caso até o fim, para que outras mulheres a veja como exemplo e "não sofram caladas com esse tipo de agressão.

“Ele vai ter que pagar por tudo que me fez. Quero servir de exemplo para que outras mulheres não sejam agredidas”, disse.

Juliana mora em Florianópolis (SC) e disse que aestá a passeio em Cuiabá. Ela afirmou que vai ficar na cidade até a próxima semana, para acompanhar de perto o caso.

O caso

A confusão começou numa boate e terminou numa loja de fast food, ambas localizadas na Avenida Isaac Póvoas, região central de Cuiabá.

No boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Polícia do Centro, a atriz relatou que se envolveu numa briga com mulheres que acompanhavam o agressor, no interior da boate.

Ela decidiu ir embora da casa noturna e se dirigiu à lanchonete. Porém, a mulher e o suposto policial a seguiram até o estabelecimento, em companhia de um amigo.

Ela relatou que foi agredida verbalmente dentro do estabelecimento e acabou sendo espancada com vários socos e pontapés. As agressões atingiram, principalmente, o rosto da modelo, que ficou com a boca e nariz bastante inchados.

De acordo com Juliana, o agressor teria mostrado uma carteira que o identificaria como policial.

Após a agressão, a atriz foi com suas amigas até a Central de Flagrantes, na Avenida da Prainhae, e registrou um boletim de ocorrência contra o suposto policial.

Ela também se submeteu ao exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).