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Sexta-feira, 28 de junho de 2024

Notícias | Cidades

Saúde mental ainda precisa de reformas para humanizar atendimento

O 18 de maio, além de ser o Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e Exploração de Criança e Adolescentes, é também  o do Movimento da Luta Antimanicomial. Em Cuiabá a data foi lembrada com uma manifestação na Praça da República para celebrar a data.


A Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Cuiabá realizou também um debate sobre o assunto e espalhou faixas e cartazes sobre o tema.

 A coordenadora de Saúde Mental de Cuiabá, Daniele Novais, explicou que apesar de as conquistas da luta antimanicomial serem expressivas, a intenção é lutar cada dia mais por melhores resultados.

 “Mesmo sabendo das dificuldades que permeiam o cotidiano a causa é nobre e a luta persiste, pois não podemos deixar a causa morrer”, diz a coordenadora.

 Luta antiga

Desde os anos 80 que os profissionais da saúde, familiares e amigos de pessoas portadoras de doenças mentais, buscam uma reforma no sistema psiquiátrico brasileiro. Esse processo vem produzindo intensas e complexas transformações no âmbito das políticas públicas de atenção em saúde mental.

A aprovação da lei da Reforma Psiquiátrica, em 2001 foi um marco importante para começar alguns avanços na implantação de serviços e redução de leitos psiquiátricos.

A união de esforços entre familiares e profissionais da saúde permitiu avanços significativos políticos, normativos e assistenciais para o setor. Entre eles, o fechamento de milhares de manicômios no Brasil.

Segundo Daniela Novais, ainda há muitos desafios pela frente, como a ampliação dos serviços, mapear  as lacunas assistenciais e promover cada dia mais a participação dos familiares neste movimento.

Os esforços estão concentrados para conseguir realizar o fechamento de todos os manicômios ainda em funcionamento e garantir que estes pacientes sejam encaminhados a outros pontos de atendimento de saúde, sem precisar ficar isolados e poder assim receber um atendimento humanizado, já que agora os pacientes devem se direcionar aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Em Cuiabá há 5 Caps, sendo 2 para atendimento de adultos com transtorno mental, 1 para criança e adolescente com transtorno mental e 2 para tratamento de dependentes químicos (um para adultos e o outro de crianças e adolescentes) estes 2 são de responsabilidade do Estado.

Os Caps funcionam das 08h as 18h de segunda à sexta e o atendimento é "porta aberta", ou seja, não precisa de encaminhamento e além disso, a família também recebe suporte e acompanhamento psicológico.

Os atendimentos de surtos, ou se for no período noturno e finais de semana, devem ser direcionados aos Pronto Atendimentos da Upa Morada do Ouro ou nas 3 Policlinicas de Cuiabá (Verdão, Planalto e Coxipó) que possuem atendimento especializado à este público.
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