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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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'Briga'

Prefeitura considera greve dos médicos ilegal e cita irresponsabilidade e leviandade do Sindicato

Foto: Tchélo Figueiredo/Secom

Kleber Lima citou que o sindicato faltou com a verdade

Kleber Lima citou que o sindicato faltou com a verdade

O secretário de Governo e Comunicação de Cuiabá, Kleber Lima, considerou a greve dos médicos, marcada para a próxima terça-feira (16), ilegal antes mesmo de ela começar. O secretário de Saúde do município, Ary Soares de Souza Junior, ainda citou a irresponsabilidade do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) por “dizer que os médicos vão parar de trabalhar por conta de 60 dias”.


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Sobre o Concurso Público que já foi realizado, Kleber explicou que: “É um processo demorado, as provas foram aplicadas em fevereiro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Eu acho bom que eles (sindicato) digam a verdade. Fizemos a prova, avaliamos, publicamos o resultado, homologamos e já convocamos os primeiros 85 médicos. Se o motivo da greve é este tempo, esse é um grande argumento que vamos utilizar, inclusive na justiça, para demonstrar que não há motivo para a paralisação, que ela é ilegal, politiqueira”.
 
O secretário de Saúde do município se mostrou desconfortável com o motivo apontado como um dos gatilhos da paralisação: “O Concurso Público é uma reivindicação antiga. Nós provocamos sentar para discutir os pontos. Esperar 60 dias para entrega de documentos e homologação do concurso não pode, com o mínimo de sensatez, ser motivo para fazer uma greve e colocar em risco uma população que vive em um caos que a Saúde foi deixada no Estado”.
 
“É no mínimo leviano, irresponsável, dizer que uma greve, que médicos estão parando de trabalhar por causa de 60 dias que é o tempo que leva para fazer a homologação e a justificação do profissional dentro da área. Veja bem, nós estamos falando de médico, não desmerecendo a outras classes, mas o médico está trabalhando com saúde”, completou Ary Soares Souza Júnior.
 
A Prefeitura de Cuiabá ainda explica ser impossível pagar o piso salarial pedido pela categoria, que é de aproximadamente R$ 12 mil. O sindicato ainda cobra a incorporação de um prêmio no salário, segundo Kléber Lima: “Antes, o prêmio não era pago de fato. Quando nós dissemos que não era possível conceder o piso de R$ 12 mil reais, o prefeito se comprometeu a incorporar o prêmio no salário. Se ela fala que isto não acontece hoje, ela está faltando com a verdade. Nós queremos que ela mostre a ata da nossa reunião”.
 
“Fizemos duas propostas de incorporação do prêmio, que foram rejeitadas pelo sindicato. Pedimos então que eles nos mandassem a proposta que eles achavam justa dentro dos princípios legais e financeiros estipulados, o que não aconteceu. Contudo, o premio da forma que é pago hoje, mesmo não incorporando, nos motivos de férias e 13º salário seriam contemplados”, ressaltou o secretário de Saúde, Ary Soares.
 
O discurso do secretariado do município é de que a população cuiabana será a maior prejudicada nesta greve. Segundo o procurador-adjunto, Rodrigo Verão, o município deu resposta a todas as solicitações do sindicato. Ele ainda acrescentou que a reunião marcada para esta segunda-feira (15), foi cancelada pelo próprio sindicato, sem deixar esgotar as negociações. Por conta disto, a Prefeitura de Cuiabá entrará judicialmente contra a paralisação.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com a presidente do Sindicato, Eliana Siqueira, porém, o celular estava desligado.
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