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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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Médicos parados

Presidente do Sindimed afirma que greve serve para denunciar e segue por tempo indeterminado

Foto: Wesley Santiago/Olhar Direto

Presidente do Sindimed afirma que greve serve para denunciar e segue por tempo indeterminado
A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed), Eliana Siqueira, afirmou que a greve dos médicos, que teve início nesta terça-feira (16), continuará por tempo indeterminado. Ela ainda afirma que apenas um, dos onze itens, foi cumprido pela Prefeitura de Cuiabá. Por fim, Eliane acrescentou que a retomada da paralisação serve para denunciar o caos na saúde.


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“A principio, não são apenas seis itens como disse a prefeitura. São 11 tópicos que vem sendo pedidos pelo sindicato desde 2009. Quando o prefeito assumiu, ele se comprometeu a cumprir os acordos e por isso nós suspendemos a greve. O único item cumprido destas alegações foi o concurso público, realizado com mais de um ano de atraso. Chamaram os 85 médicos que conseguimos a duras penas e chamará outros no fim do ano”, disse a presidente ao Olhar Direto.
 
A presidente ainda afirma que o Concurso Público realizado só ofereceu quatro vagas para pediatras, enquanto que nas policlínicas e nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) são necessários pelo menos 36 pediatras. Os clínicos gerais é que fazem este tipo de atendimento, já que está se capacitando para isto.
 
Segundo Eliane, “a nossa greve é pra denunciar que a culpa é da gestão. O caos da saúde existe por incompetência da gestão. A nossa intenção é que o prefeito resolva isto”. A paralisação seguirá por tempo indeterminado: “Na verdade esta é uma retomada da outra greve. Ela havia sido interrompida por um compromisso pessoal do prefeito que esteve com a gente na mesa de negociação que demorou mais de oito horas e todos os compromissos ficaram no mesmo pé que antes”.
 
“Todos os dias faltam de 10 a 15 médicos nas UPAs e Pronto-Socorro. Não tem um dia em que isto fique da maneira correta. A melhor escala completa é nos finais de semana em que eles pagam um adicional de R$ 690 por plantão de 12 horas. Então fica muito claro que com estes baixos salários, a prefeitura não consegue médicos. Pedimos o aumento, para que isto seja atrativo para os profissionais. Hoje, demora três anos para um paciente ter sua consulta regulada na central para ser atendido por um neurologista”.
 
Confira outros pontos abordados pela presidente do Sindimed:
 
Segurança
 
“A segurança, eles dizem que cumpriram. No começo, queríamos o mínimo de segurança em todas as sete unidades de urgência e emergência. No acordo, restringimos isto apenas ao Coxipó, Verdão e a UPA e nem isto estão conseguindo cumprir. Nos dois últimos, os policiais ficam até ás 23 horas e depois trabalham em escala de ronda, atendem todos os chamados que têm na região”.
 
Salário
 
“O salário, o prefeito e o secretário falam que a gente ganha R$ 9 mil. Ai eles mandam uma proposta de reajuste salarial onde passam o salário de R$ 3,5 mil para R$ 3,8 mil que somando com a insalubridade vai dar mais R$ 1,4 mil, totalizando R$ 5 mil em 2016, tirando o ‘mensalinho’. Eles têm um discurso, mas mandam a prova pra gente de que não recebemos os R$ 9 mil”.
 
Politicagem
 
“Não temos nenhum compromisso partidário. Este inclusive foi um dos motivos pelo qual a nossa chapa ganhou as eleições do sindicato. Não temos ligação partidária, independência política é o nosso lema. Quem está preocupado com a política são eles. Em vez de atacar, eles deveriam agir para resolver os graves problemas de saúde da população. Este é único interesse nosso. Se a saúde de Cuiabá estivesse 50% atendida, a gente estaria aqui aplaudindo a gestão”.

Outro lado

Durante entrevista coletiva na tarde da última segunda-feira (15), o secretário de Governo e Comunicação, Kleber Lima, afirmou que todos os seis itens foram cumpridos pela gestão e que consderava leviano e irresponsável a decisão do Sindimed de paralisar as atividades. Além disto, foi dito que a greve dos médicos é ilegal, antes mesmo dela começar.A Prefeitura de Cuiabá ainda explicou ser impossível pagar o piso salarial pedido pela categoria, que é de aproximadamente R$ 12 mil.
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