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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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FISCALIZAÇÃO PRECÁRIA

CPI espera ouvir Silval Barbosa em breve para saber sobre gastos suspeitos em hospitais

Foto: Karen Malagoli / ALMT

A CPI das OSS vai cobrar explicações da Secretaria de Estado de Saúde sobre Farmácia de Alto Custo

A CPI das OSS vai cobrar explicações da Secretaria de Estado de Saúde sobre Farmácia de Alto Custo

Dentro de poucas semanas, a CPI das Organizações Sociais em Saúde (OSS) deve ouvir o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para tentar arrancar explicações sobre   os motivos para uma  fiscalização dos serviços executados ser tão precária e porque demorou-se tanto para detectar gastos suspeitos nos hospitais regionais mantidos pelo Estado.

  
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A exigência de explicação quanto aos questionamentos partiu do presidente da Comissão Parlamentar de Inquério das OSS  na Assembleia Legislativa, deputado Doutor Leonardo Albuquerque (PDT), nesta quarta-feira (1), ao comparar o sistema de Mato Grosso com o vigente em São Paulo. “Porque deu certo em São Paulo e não aqui? Ficou bem clara a existência de algumas brechas em comparação com o modelo paulista; o pedido para implantado foi pelo [então secretário] Pedro Henry, mas a decisão partiu do chefe do Poder Executivo”, citou ele.
 
Silval Barbosa não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. Em entrevista anterior, Barbosa havia assegurado que tudo seria “esclarecido no tempo certo e no foro adequado”.
 
O ex-deputado federal Pedro Henry Neto (PP), secretário de Estado de Saúde na época da implantação das OSS para gerenciar os hospitais regionais, também não atendeu. A reportagem do Olhar Direto apurou que ele era para prestar depoimento na última quarta-feira (30), mas seu depoimento foi adiado pela CPI por até 30 dias e não tem data prevista para acontecer.
 
“O modelo para gerenciar os hospitais regionais de Mato Grosso não funcionou. Em São Paulo, tanto o modelo avançou  em fiscalização quanto tempo de atendimento. Porquê? Porque a fiscalização é muito mais intensa em São Paulo”, argumentou o presidente da CPI.
 
Doutor  Leonardo lembrou que ainda existem dois hospitais regionais administrados por OSS: Rondonópolis e Cáceres. “Ambos têm  certa avaliação positiva, enquanto as demais unidades estão sob intervenção, por causa do mal atendimento. Solicitamos informações, porque, para nós, o que importa é o resultado do atendimento de qualidade para a sociedade”, disse ele.
 
“Vamos tirar a limpo informações que não foram divulgadas e a sociedade não teve acesso. Estamos no aguardo de informações do Tribunal de Contas [TCE] e vamos disponibilizar essas informações sobre volume total gastos”, ponderou o parlamentar do PDT, que desde fevereiro é vice-líder do governo Pedro Taques, no Poder Legislativo.
 
“As informações devem chegar o mais breve possível sobre os anos de 2011 a 2013. Inclusive com a tomada   de contas especial de 2011, que vão ser votadas neste ano”, emendou ele.
 
Farmácia de Alto Custo

Leonardo Albuquerque disse que a CPI das OSS está dedicando especial atenção à Farmácia de Alto Custo. “É inacreditável. Pacientes fora da cesta básica do Ministério da Saúde não recebem remédios. Estamos cobrando a Secretaria de Estado de Saúde desde o início do mandato”, lembrou ele.
 
“Antes, não conseguia fazer os pregões, com preço justo. Leilão de compra não tem empresas interessadas em participar. Cobramos encarecidamente, já que, por ser médico, eu me comovo muito e sofro muito – acredito muito no SUS – sinto muito pela demora no atendimento com os remédios”, apontou Albuquerque.


A CPI vai cobrar explicações da Secretaria de Estado de Saúde, porque a situação era pra ser resolvida em menos de 100 dias e já se passaram mais de 180 dias. “Muita gente vem do interior buscar medicamentos. Algumas  percorrem até 1.000 quilômetros  e voltam de mãos abanando”, citou Doutor Leonardo.
 
“Creio que 100 dias foi pouco. A gente olha no retrovisor como balizador, para que não possamos repetir os erros, mas andamos para frente. Mato   Grosso não agüenta mais má gestão e o governador Pedro Taques está corrigindo pouco a pouco, com segurança. Temos que vencer ansiedade e trabalhar com inteligência”, pontuou o presidene da CPI das OSS.
 
“Tem gente que gosta de explorar o sofrimento alheio para ganhar dinheiro. Isso é abominável. Nós repudiamos”, detonou Leonardo  Albuquerque.
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