Após uma quarta-feira (6) de
boas notícias no setor aéreo mato-grossense, envolvendo promessas de descontos e aumento nas buscas por rotas do Estado, uma quinta-feira (7) de muita dor de cabeça para os passageiros que dependem do Aeroporto Marechal Cândido Rondon. De acordo com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), três atrasos e um cancelamento foram registrados até as 16h de hoje. O problema gerou transtornos e empresas tiveram que se explicar:
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De acordo com os dados mais atualizados do órgão, três vôos saíram atrasados da capital do Estado. Um deles, que ia para São Paulo, só partiu 3h30 após a hora estabelecida. Quem aguardou, se irritou. Atendentes de balcão argumentam “procedimentos de manutenção da aeronave”. Já clientes acusam a TAM Linhas Aéreas de não possuir tripulação (pilotos e equipe de bordo) disponíveis para o voo. Vouchers garantindo alimentação para os que aguardavam foram disponibilizados. Alguns clientes reclamavam o risco da perda de conexão entre vôos, uma vez que São Paulo (SP) é rota para que passageiros tomem voos para variados destinos.
Em outro caso, quem arguardava por amigos ou parentes vindos de Rondônia, se frustrou. A Azul Linhas Aéreas cancelou um vôo, marcado para as 15h24, que vinha de Cacoal para Cuiabá.
Teorias:
Irritados, muitos passageiros se tornaram especialistas e apresentaram suas teorias para explicar a sequência de transtornos registrados nesta tarde. Alguns acreditam que a forte chuva forte ocorrida nesta quinta-feira (7) em Cuiabá e Várzea Grande poderia ser um dos motivos. Outros apontam que a busca por vôos neste verão superou as expectativas pessimistas do setor aéreo e turístico, que acabou pegando as companhias de surpresa, cujas conseqüências são supostas faltas de tripulação e atrasos. Outros acreditam que o problema é operacional e que o Aeroporto principal do Estado está sem capacidade de operar os voos que decolam e pousam em Cuiabá diariamente.
Motivos não faltam:
Em 2015, o aeroporto internacional Marechal Rondon, foi, pela quarta vez, considerado o pior aeroporto do Brasil no ranking da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC). A Pesquisa Permanente de Satisfação do Passageiro tem uma pontuação que varia de um a cinco para os 15 pesquisados. O terminal mato-grossense registrou 3,28, nota inferior a do ano passado, ficando novamente abaixo dos outros pesquisados.
O Outro Lado:
O
Olhar Direto buscou a Infraero estadual, que alegou não estar apta a falar e a a Infraero nacional, que não quis se pronunciar a respeito. Além disso, buscou:
A Agência Nacional de Avião Civil (ANAC), que confirma que as constatações apontadas procedem e que a agência está acompanhando a movimentação no aeroporto. Informa ainda que as empresas aéreas cumpriram com todos as exigências dispostas nos regulamentos, prestando assistência material e informação aos passageiros. Por fim, salienta que devido ao mau tempo e às chuvas "o aeroporto de Cuiabá operou por instrumentos em dois momentos no dia de hoje, de 8h às 11h e das 14h às 14h40, o que pode ter ocasionado os demais atrasos".
A TAM, que informa que o atraso se deu devido à uma “manutenção corretiva na aeronave”. Aponta ainda que o caso citado é do voo JJ3877 (Cuiabá - São Paulo / Guarulhos), com previsão de decolagem às 11h12* de hoje (7), mas que partiu às 14h41*, aterrissando em completa segurança às 16h34*. (*horários de Brasília). "A companhia reitera que a segurança é um valor imprescindível e todas as suas decisões visam garantir uma operação segura", conclui.
E a Azul, que informa que o cancelamento se deu pois um voo anterior (2680), que partia de Cuiabá para Cacoal na tarde desta quinta-feira (7), retornou para Cuiabá devido às condições meteorológicas registradas na cidade de destino. Consequentemente, o voo em questão (2681), que faria o trecho inverso, teve sua rota cancelada. "A companhia está prestando toda a assistência necessária de acordo com a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e reacomodará os Clientes nos voos da sexta-feira (8/01). A Azul lamenta eventuais transtornos ocorridos a seus Clientes e ressalta que ações como essa são necessárias para conferir a segurança de suas operações", conclui.