Em 31 dias, o mês de março de 2016 acumulou um ‘saldo’ de 42 assassinatos. Desse montante, quatro pessoas perderam a vida em assaltos.
De janeiro até agora, são mais de 120 execuções, sendo nove vítimas de latrocínios (roubos seguidos de morte). Apesar o expressivo quantitativo, o número de mortes caiu comparativamente ao mesmo mês em 2015, que registrou estarrecedor número de 54 execuções. Na prática, redução de 22%.
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Os dados apontam ainda que foram contabilizados 27 mortes (sendo quatro latrocínios) em Cuiabá e outros 15 registros em Várzea Grande.
Uma das vítimas de assalto e morte trata-se do empresário Ayrton de Novaes Bastos, de 46 anos. O crime aconteceu no último dia 23 de março. A vítima e a filha, de 26 anos, aguardavam dentro de um veículo Fox a esposa e o filho, que estavam dentro da clínica no bairro Bosque da Saúde, quando dois homens armados desceram de um Pálio preto, modelo antigo, e anunciaram o roubo.
Os suspeitos mandaram pai e filha descerem do veículo, o que foi prontamente atendido por Ayrton. A filha que estava no banco traseiro, abriu a porta e desceu do carro, gritando por socorro. Na sequência, um dos assaltantes armado desferiu disparos de arma de fogo à curta distância contra Ayrton, que morreu no local. No dia 31, a Polícia Civil prendeu um casal envolvido na ação.
No último dia 29, ao ser questionado sobre os números de assassinatos, o novo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Roger Elisandro Jarbas, afirmou que foram maciços os investimentos na área e frisou pelo continuísmo das ações já implementadas na pasta. Ele substitui o promotor de Minas Gerais, Fábio Galindo.
“Vamos dar continuidade a um trabalho que vem sendo executado, mediante o compromisso de integração no sentido de fortalecer as ações para um resultado mais eficiente. Não se trata de um governo que faz interrupções. Damos continuidade às ações”, afirmou.
A mudança na gestão da pasta foi ocasionada por decisão do Supremo Tribunal Federal que vetou a participação de membros do Ministério Público em cargos no Executivo. Fábio Galindo e Ana Peternlini, responsáveis respectivamente pela Sesp e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) optaram por deixar os cargos para continuarem com a carreira no MP.