O detento apontado como mentor dos atentados registrados na noite desta sexta-feira (10), em Cuiabá, Reginalo Aparecido Brito, teria comandado a onda de terror na região metropolitana de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre pena de 18 anos por roubos.
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Preso pelas forças de segurança na madrugada deste sábado, Fabiano Alailton de Souza, de 28 anos, conhecido como 'Peruca' é suspeito de atear fogo a um ônibus na noite de sexta-feira, 10, no Bairro Pedra 90.
'Peruca' tem histórico por roubo também. Foi abordado por uma equipe da polícia quando chegava a sua residência e tentou reagir. Terminou ferido na boca. 'Peruca' permanece na Central de Flagrantes onde irá prestar depoimento durante a madrugada.
100 viaturas nas ruas
Após a identificação de dois dos envolvidos, o secretário de Segurança Pública, Roger Jarbas, concedeu entrevista ao
Olhar Direto na Central de Flagrantes de Cuiabá no início da madrugada de sábado. Ele afirmou que a situação está controlada 'até o presente momento', mas que não pode prever futuras reações criminosas.
Ele garantiu ainda que o policiamento foi reforçado na região metropolitana e que os policiais militares e civis realizam rondas para buscar suspeitos. Asseverou que cem viaturas circulam pelas duas maiores cidades do Estado. Qualquer pessoa que for flagrada com algum tipo de líquido inflamável será inquirida. A Secretaria de Segurança Pública contabiliza, até o momento, a destruição de três ônibus, duas motos, além de um veículo consumido pelas chamas.
De acordo com Jarbas, ainda é cedo para afirmar se a causa dessa onda de ataques é mesmo uma represália às consequências da greve dos agentes prisionais, que dentre outras coisas, deixa os detentos sem visita. “Estamos investigando todas as causas que levaram a isso, mas é importante frisar que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas. Estamos com força total nas ruas”, garantiu.
A Sesp identificou o autor da convocação dos crimes, mas ainda apura como o chamamento teria sido feito. “Ele determinou de dentro do sistema prisional. Nós estamos apurando o formato de comunicação, que não é único. Ele usou vários meios”, explica.
Atualizada às 1h55.