Os quatro líderes de um série de atentados - que resultou na destruição de ônibus, viaturas, além de veículos de particulares em Cuiabá e nas cidades de Primavera do Leste, Barra do Bugres, Sinop e Barra do Garças, além de ameaças contra a vida de agentes penitenciários - ainda aguardam autorização de transferência para unidades federais de segurança máxima. O ‘Salve Geral’ coordenado de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) foi registrado na noite de 10 de junho.
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Conforme o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso Márcio Dorileo, já existe anuência por parte do Departamento Nacional Penitenciário (Depen) e da justiça local para a inserção no sistema penitenciário federal, resta ainda autorização do corregedor de presídios federais para a conclusão do trâmite. Enquanto isso, os detentos seguem no Raio 5 da Penitenciária Central do Estado (PCE).
No Brasil, existem quatro presídios federais no país: em Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Está em construção também uma unidade no Distrito Federal.
No total, segundo a Secretaria de Justiça, existem hoje um total de 500 presos custodiados pelo Estado e que são de responsabilidade do Governo Federal. Eles estão abrigados em sete unidades penitenciárias, além de quatro centros de detenção provisória (CDP) e 53 cadeias públicas.
No entanto, apesar de solicitações para a construção de uma unidade federal em Mato Grosso, não há previsão de início das obras.
Os ataques
Os atos, de acordo com à polícia, foram represálias por conta da greve dos servidores do sistema prisional, que terminou com a suspensão de visitas e entrada de alimentos nas unidades do Estado. Os servidores exigiam o pagamento integral de 11,28% do Reajuste Geral Anual (RGA).