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Estado Islâmico

Suspeito de terrorismo preso em MT planejava assalto a bancos, contrabando de armas e fuga para Bolívia

15 Ago 2016 - 10:46

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Abu Khalled

Abu Khalled

Preso na rodoviária de Comodoro (na fronteira com a Bolívia e a 597 km de Cuiabá), o sul-mato-grossense Leonid El Kadre de Melo, de 32 anos, suspeito de tramar ataques terroristas durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, foi destaque na reportagem veiculada pelo “Fantástico” neste domingo (14). Isto porque após cumprir pena de 18 anos e oito meses por homicídio e roubo qualificado, passou a planejar ações terroristas junto a outros fanáticos religiosos. O noticiário global ainda revelou emails enviados por ele a membros da célula do Estado Islâmico (ISIS) no Brasil. Em um deles, afirma planejar assaltar bancos, contrabandear armas e fugir com o grupo para a Bolívia. 


A "Operação Hashtag" foi desencadeada para prender 11 suspeitos de planejar ataques terroristas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Leonid El Kadre de Melo e Valdir Pereira da Rocha foram os últimos a serem presos. Valdir da Rocha se entregou em Vila Bela da Santíssima Trindade. Ambos são irmãos de criação, de acordo com a Polícia Militar em Comodoro.

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Em um destes emails, o sul-mato-grossense, que também é conhecido como Abu Khalled, ordenava que as pessoas se preparassem “física, intelectual e espiritualmente para o combate”. 

Em outro email, o suspeito fala em ir "para um sítio na fronteira com a Bolívia, onde teremos suporte para os treinamentos e compra de equipamentos. Conheço as estradas e onde podemos conseguir o que desejamos”. A mensagem não revela, entretanto, a partir de qual estado se daria essa fuga, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul ou Rondônia.

Aos militares de Comoro (cidade mato-grossense muito próxima da Bolívia), Leonide afirmou que é um homem livre e que não tem endereço fixo já que trabalha em fazendas espalhadas por Mato Grosso, por isso não anda com bolsas e nem carteira. Ele ainda confirmou que já possui condenações por crime de roubo e assassinato, mas ligou qualquer vínculo com uma organização terrorista para atacar a Rio 2016.
 
Ele disse ainda que chegou até a cidade de Comodoro depois de pegar várias caronas com caminhoneiros, sempre viajando nas caçambas.
 
“Em nenhum momento ele levantou a voz, ou demonstrou irritação. Se manteve calmo e com a fala mansa”, explica o tenente. Após a prisão, o preso foi recambiado para a Polícia Federal. Posteriormente a prestar depoimento, será encarcerado em uma unidade segurança máxima, a exemplo dos demais onze presos.
 
A Operação:

Deflagrada pela Polícia Federal no dia 21 de julho, "Hashtag" investiga a integração/promoção, por indivíduos brasileiros, na organização terrorista Estado Islâmico (EI).Empregando medidas como quebra de sigilo telefônico e de dados, autorizadas pelo Juízo da 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, a Polícia Federal constatou uma  tentativa de organização do grupo para promoção de atos terroristas durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O contato entre os indivíduos dava-se essencialmente por meio de redes sociais, Telegram e demais modos de comunicação virtual, espaço no qual também divulgavam ideais extremistas e de perseguição religiosa, racial e de gênero, para a comunicação.

Veja Reportagem:
 
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