O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do campus de Rondonópolis (215 km de Cuiabá), acusado por uma aluna de tê-la filmado em um dos banheiros da unidade de ensino, na última quarta-feira (21), sumiu após o fato ter sido denunciado à polícia. Conforme a delegada Ligia Pinto da Silveira Avelar, da Delegacia Especializada Defesa da Mulher do município, ele deverá responder assinar só um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Leia mais:
Professor da UFMT é acusado de filmar aluna sem roupa em banheiro
 
“Nós estamos investigando este caso, apesar da gravidade do caso, ele deverá responder apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Os depoimentos devem acontecer na próxima segunda (26) ou terça-feira (27). O professor e a aluna serão intimados e irão comparecer na delegacia”, explica a delegada ao Olhar Direto.
 
O professor sumiu após o crime ser denunciado pela jovem. “Procuramos em dois endereços mas ele ainda não foi encontrado. Acredito que deva ser por conta da repercussão, mas esperamos que ele esteja aqui no começo da próxima semana para prestar depoimento”, disse a delegada.  
 
Conforme o Boletim de Ocorrências (BO), o professor teria dito para a aluna que esta não era a primeira vez que fazia aquilo. Não está descartado ainda que novas vítimas possam aparecer para denunciar o suspeito.

Protesto

As estudantes da universidade protestaram na última quinta-feira (22), contra o professor. Elas se pintaram de vermelho e usaram faixas na boca para protestar contra o desrespeito às mulheres.A ação aconteceu em meio às comemorações do aniversário de 40 anos do campus. Entre as frases estavam: "o silêncio aterroriza", simbolizando casos de violência que não são denunciados.


(Foto: Reprodução/TVCA)
 
O caso
 
Um professor de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do campus de Rondonópolis (215 km de Cuiabá), é acusado por uma aluna de tê-la filmado em um dos banheiros da unidade de ensino, na última quarta-feira (21). Por conta do fato, a universitária procurou a delegacia e registrou um Boletim de Ocorrências (BO).
 
Conforme as informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, a menina – identificada como A.A., 20 anos – foi até o banheiro e quando estava tirando a roupa percebeu que havia um celular entre a cabine que ela estava e a outra. Assustada, ela colocou a calça rapidamente e ficou aguardando para ver quem sairia do local ao lado.
 
Como ninguém apareceu, a jovem resolveu ficar do lado de fora aguardando que alguém saísse e percebeu que quem estava tentando filmá-la era um professor do curso de medicina. Por conta disto, a universitária procurou a Delegacia Especializada Defesa da Mulher do município para registrar um Boletim de Ocorrências (BO).