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Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

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Polícia Civil fecha “fábrica” documentos falsos em Cuiabá; quadrilha usava hacker para invadir sistema

Foto: Reprodução

Polícia Civil fecha “fábrica” documentos falsos em Cuiabá; quadrilha usava hacker para invadir sistema
Uma vasta quantidade de documentos falsificados foi descoberta em uma casa, que funcionava como um verdadeiro “escritório do crime”. O flagrante foi feito na tarde de sexta-feira (11), pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), no bairro Altos da Serra I, que culminou na prisão de seis pessoas. Segundo a Polícia, o dono do escritório é principal falsificador de documentos usados para dar legalidade a veículos roubados na região metropolitana e municípios da Baixada Cuiabana. A quadrilha tinha também acesso a banco de dados de pessoas, por meio de hacker de São Paulo.

 
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O suspeito, Ancelmo  Lopes de Souza, 35,  há dois meses era investigado pelos policiais da Especializada. Ele tinha um aparato forte para forjar documentos. “Pelo que apuramos somente ele faz esses documentos com qualidade aqui na região. É uma quadrilha muito forte que conseguimos desarticular”, disse o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.

Junto com o suspeito, outras cinco pessoas foram conduzidas à Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. São elas: Gonçalo Flores Leite, 32, Fabiano Celso da Silva, 36, José Umberto da Silva, Fernando Augusto Dias de Arruda, Neiry da Silva Junior.  Ancelmo já tem passagem pelos mesmos crimes. 

Todos vão responder pelos crimes de falsificação de documento, uso de documento falso, associação criminosa, e estelionato.

O endereço do “escritório” é uma casa discreta, de aparência comum, em área residencial do bairro Altos da Serra I.
 
No local, os policiais encontraram, em um dos cômodos, a fábrica de documentos falsos, com todas as ferramentas necessárias como computador com programa e impressora de alta qualidade,  agulhas, estiletes, tintas para colher impressões digitais, para confeccionar as cédulas falsas de documentos de veículos e outros, que eram solicitados por "clientes" que atuam no mundo do crime.
 
Diversas carteiras de identidades já prontas, documentos de veículos, e papel para novas impressões foram encontrados, assim como talões de cheques, cartões, fotografias 3/4, cartões de bancos, cartões de loja, cartões de alimentação, chips de operadoras,  RGs, carteiras de estudante, títulos de eleitor,  carteiras de trabalho, carteira da Ordem dos Advogados, notas fiscais diversas, passaporte, rolo de papel de conta de água, cartão do SUS, entre outros materiais que serão periciados.
 
Segundo o preso, Ancelmo, as fotografias 3/4 eram usadas nas falsificações documentais e os chips para cadastrar linhas pré-pagas em nome de terceiros, as quais eram usadas pela quadrilha com telefones descartáveis.  
 
De acordo com as investigações, além da falsificação de documentos de veículos, o grupo criminoso também forjava contas de água para serem usadas como comprovantes falsos de endereços e até códigos de barras de boletos bancários, para aplicação de golpes.
 
O papel usado na confecção dos documentos de veículos e CNHs, segundo as apurações, é original.São documentos já expedidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e outros órgãos,  roubados ou furtados, ou ainda sem validades, os quais a quadrilha receptava e depois submetia a lavagem química e novamente era utilizado na reimpressão de dados falsos. "Muitos dos documentos foram encontrados já adulterados e lavados quimicamente", finalizou o delegado.

*Corrigida às 11h39
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