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Domingo, 18 de agosto de 2024

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Proibição de eventos na UFMT é a principal causa de lixo no câmpus, dizem estudantes

Foto: Reprodução / Ilustração

Proibição de eventos na UFMT é a principal causa de lixo no câmpus, dizem estudantes
O lixo deixado na praça do Restaurante Universitário (RU), na noite do último dia 10 de fevereiro, reacendeu o debate sobre os eventos realizados dentro do câmpus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para alguns, as festas deveriam continuar sob proibição, enquanto outros acreditam que o fato de os eventos serem “clandestinos” são um incentivo para que os estudantes continuem a agir sem medo de punição. 


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Membros do Diretório Central Acadêmico (DCE) da universidade alegam que o lixo deixado no câmpus tem ligação direta com a proibição das festas, uma vez que os eventos organizados por pessoas anônimas dificultam que os responsáveis pela sujeira sejam punidos. Para eles, a principal solução para o caso seria a regulamentação das festas. 

“Se a festa não tem organização e as pessoas não são educadas para jogar o lixo no lixo, nós vamos continuar a ter o problema do lixo na universidade. O lixo abandonado não representa a questão ideal da clandestina que é discutir o direito dos estudantes a realizarem eventos e promoverem cultura na universidade”, pontua o estudante de Comunicação Social Vincicius Brasilino, coordenador geral do DCE.  




Um estudante que preferiu não se identificar avalia que festa em si não é um problema. O que causa desconforto, segundo ele, é justamente o resultado do evento na manhã posterior. O universitário relata que, em muitos casos, gente que nem é aluno aparece nas festas e acaba deixando lixo no local. 

“Eu não sou contra as festas, mas acho que deveria fazer de uma maneira organizada, até porque isso suja a imagem dos estudantes e nós acabamos sendo vistos pelas pessoas de fora como universitários sem educação e nenhum respeito”, comenta.

Na edição de sexta-feira (24) da Clandestina, no envento denominado "Clandestina de Verdade", os estudantes recolheram todo lixo que havia sido deixado no local. O reitor em exercício da universidade, Evandro Soares, tentou impedir a realização do evento. Perto do horário de início, as guaritas dos câmpus foram fechadas e as pessoas foram proibidas de entrar no local.



As “clandestinas” na universidade começaram em 2012, quando a então reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, determinou que os eventos fossem proibidos pela primeira vez. A partir de então, estudantes e representantes do DCE passaram a organizar festas em protesto a regulamentação. Em contrapartida, a reitoria processou muito desses representantes, mantendo a proibição.
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