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Domingo, 18 de agosto de 2024

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Após abuso e morte de aluno soldado em treinamento, Rogers defende reavaliar formação

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Tenente ao sair da DHPP não fez comentários sobre o caso

Tenente ao sair da DHPP não fez comentários sobre o caso

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso está reavaliando os procedimentos instrutórios para a formação dos militares, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas. A medida foi adotada após a morte do aluno Rodrigo Claro, de 21 anos.


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Rodrigo, que sonhava em seguir a mesma carreira do pai, morreu após excessos em treinamentos realizados na lagoa Trevisan, que fica na região de Santo Antônio do Leverger. Ele passou mal na data de 15 de novembro de 2016 e foi hospitalizado. Dez dias depois, morreu. Com a morte, a  tenente Isadora Ledur, responsável pelo monitoramento das atividades aquáticas, foi afastada das funções e indiciada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por tortura.

"O próprio Corpo de Bombeiros Militares está fazendo uma reanálise de seus procedimentos instrutórios. Agora, eu tenho convicação de que a doutrina não excede em nada. Quem pode exceder é o ser humano e independe das questões institucionais", asseverou.

Ele ainda reafirmou que o Corpo de Bombeiros é uma instituição extremamente séria. "Acedito que controlar, fiscalizar os instrutores e docentes do curso de formação, o que exige uma grande habilidade física seja o papel. Agora as normas são verificadas para saber se podem ser melhoradas em algum aspecto", disse ao Olhar Direto.

"Temos convicção que a doutrina de bombeiro é alicercada em um história institucional positiva e esses profissionais precisam estar bem para poder salvar vidas. Eles não podem morrer em uma ocorrência de afogamento. Essa é a ideia: formar cada vez mais melhor os profissionais sem qualquer tipo de excesso, de abuso. Porque o abuso não produz absolutamente nada em termo de formação". 

No último dia 20 de março, a delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontou  Ledur  aponta como responsável por atos de tortura  ao impor ao aluno Rodrigo Claro intenso sofrimento físico e mental, mediante violência e grave ameaça".

O  inquérito policial militar (IPM), realizado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, a tenente Izadora Ledur foi responsabilizada pelo crime de maus tratos por expor a vida ou a saúde de outrem em situação de risco. O IPM também responsabilizou o tenente-coronel Licínio Ramalho Tavares e tenente-coronel Marcelo Augusto Carvalho, por crime contra o dever funcional, ao não propiciar as condições de segurança do treinamento. O inquérito militar já foi remetido ao Ministério Público Militar.

Colaborou Érika Oliveira 
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