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chacina em MT

Ex-policial treinava pistoleiros apontados como autores de massacre em Colniza, diz delegado

03 Mai 2017 - 14:40

Da Redação - Lázaro Thor Borges/Reportagem Local - Wesley Santiago

Envolvidos no massacre de Taquaraçu do Norte

Envolvidos no massacre de Taquaraçu do Norte

O delegado José Carlos de Almeida Júnior, da Delegacia Regional de Juína, contou a reportagem do Olhar Direto que a Polícia Civil investiga a participação do ex-policial militar do Estado de Rondônia, Moisés Ferreira de Souza, no massacre que ceifou a vida de 9 pessoas na gleba Taquaruçu do Norte, no município de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá). 


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A chacina, que ocorreu, entre em 20 de abril, ocorreu  por conta de conflitos agrários, principalmente devido ao interesse de extração ilegal de madeira na região. De acordo com José Carlos, o ex-PM conhecido como "Moisés da Coe" oferecia treinamento e atuava junto aos quatro suspeitos da chacina. A informação é de que o policial já atuou no Centro de Operações Especiais (COE) do Estado. 

A atuação dos ‘encapuzados’ e do ex-militar teria sido crucial para que o trabalho de investigação da polícia evitasse as mortes. Segundo o delegado, já havia inquéritos abertos por conta de ameaças às vítimas, mas por causa da atuação do grupo e da dificuldade de acesso a Taquaruçu do Norte, os policiais não conseguiam chegar aos suspeitos.

“Foi feito a preventiva, a gente foi até o local, que é de difícil acesso. Antes da Polícia Civil chegar lá pessoas encapuzadas avisavam da nossa presença. Há a participação de um ex-policial de Rondônia que dava o treinamento aos quatro”, contou o delegado.  

A Polícia chegou a abrir inquéritos para apurar as ameaças que ocorriam, mas as vítimas falavam apenas sobre os “encapuzados” sem revelar nomes. De acordo com José Carlos, o grupo de pistoleiros já praticava crimes em Mato Grosso e em outros estados

“Esses indivíduos são assaltantes de bancos do Estado de Rondônia e estavam ali na região. Mas eles não ficavam só na região, eles prestam serviço de pistolagem no Mato Grosso, em Rondônia e no Amazonas, eles não tem lugar fixo, eles trabalham conforme demanda, então é muito difícil localizá-los.”, explicou. 

Dois dos quatro suspeitos de executarem as vítimas já foram presos e outros dois seguem sendo procurados pela polícia, um deles já teve prisão preventiva decretada pela Justiça. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou que já identificou os suspeitos e obteve imagens com o rosto de cada um. Veja na galeria. 
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