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Sábado, 17 de agosto de 2024

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Operação Zaqueus

Caramuru deverá ressarcir cofres públicos após rombo que pode ultrapassar R$ 100 mi

Foto: Reprodução

Caramuru deverá ressarcir cofres públicos após rombo que pode ultrapassar R$ 100 mi
O delegado Lindomar Tófoli, integrante da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), revelou que a empresa Caramuru Alimentos, acusada de pagar propina a servidores públicos para abater uma multa de R$ 65 milhões [que corrigida para os valores de hoje pode chegar a R$ 100 milhões] se dispôs a ressarcir os cofres públicos. Porém, isso não deve isentar os responsáveis de serem penalizados criminalmente.


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“A empresa se dispôs a ressarcir os cofres públicos. A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) ainda irá analisar este montante que é devido. Serão levantados outros valores, para que a Caramuru seja cobrada”, explicou o delegado durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (03), quando a ‘Operação Zaqueus’ foi deflagrada.
 
O secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, aproveitou para destacar a integração da Defaz com a Sefaz: “Até o governo passado, a Delegacia Fazendária tinha muita dificuldade para conseguir informações. Isso não acontece mais neste governo, está aqui o delegado para comprovar isto. É um marco, primamos pela transparência e existem outros casos para serem desvendados”.
 
A denúncia referente a ‘Operação Zaqueus’ partiu de um advogado que teria participado do esquema. Conforme as investigações da Defaz, foram pagas propinas na ordem de R$ 1,8 mi pela empresa para que os agentes beneficiassem a Caramuru Alimentos A/S, reduzindo a autuação da empresa de R$ 65,9 mi [hoje corrigidos para quase R$ 100 milhões] para aproximadamente R$ 315 mil.
 
“Tivemos um advogado que procurou o CIRA e com o doutor Márcio afirmou que havia sido utilizado para fazer lavagem de um dinheiro que tinha por objetivo pagamento de propina para diminuir o tributo que seria devido por uma empresa”, disse Maria Alice Amorim, titular da Defaz, que coordena às investigações. Questionada se houve colaboração premiada, a investigadora corrige. “É um interrogatório policial à que ele foi submetido”.
 
Em nota, a empresa Caramuru Alimentos alegou que “trabalha pela consolidação de um ambiente de negócios guiado pela ética, competência técnica e transparência” e que por isto adota “postura corajosa” de “corrigir irregularidades”. Ainda em nota, afirma que foi vítima de extorsão por agentes públicos e que adota postura para colaborar com as investigações.

Prisões

Três agentes de tributos estaduais tiveram mandados de prisão cumpridos, em uma operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na manhã desta quarta-feira (3). A operação Zaqueus é fruto de trabalho conjunto realizado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), corregedoria da Secretaria de Estado e Fazenda (Sefaz) com apoio do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção. A Polícia aponta que o esquema beneficiou a empresa Caramuru Alimentos S/A. 
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