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Sábado, 17 de agosto de 2024

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CICLO DE FORMAÇÃO

Relatório da AL propõe mudanças no ensino praticado nas escolas de MT

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Relatório da AL propõe mudanças no ensino praticado nas escolas de MT
Resultado de inúmeras audiências públicas realizadas nos municípios polos do Estado, o relatório final do Ciclo de Formação Humana elaborado pela Assembleia Legislativa foi entregue, nesta quarta-feira (03), para a Secretaria de Estado de Educação propondo uma série de mudanças no ensino praticado nas escolas públicas de Mato Grosso. A principal delas diz respeito a retenção de alunos somente no último ano, dos nove anos do ensino ciclado.


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“O Pró-Escolas já contempla alguns aspectos desse relatório e o principal deles é justamente a orientação sobre os critérios de desempenho e aprendizagem para poder fazer a retenção ao final de cada ciclo de formação. São nove anos sem retenção, só retém no último. A política que nós vamos implantar agora é já informar a partir do primeiro ano de cada ciclo que serão exigidos os objetivos de ensino e aprendizagem, para que eles possam avançar nos ciclos seguintes”, explicou o secretário de Educação Marco Marrafon, que participou da cerimônia de entrega do relatório.

De acordo com o secretário, a Seduc vem acompanhando as discussões sobre o ensino ciclado nesses últimos dois anos e, paralelo ao relatório, elaborou um estudo que demonstrou a necessidade de realizar algumas alterações no modelo praticado.

A partir de agora, segundo Marrafon, os alunos do ensino fundamental poderão ficar retidos, caso não atinjam as médias necessárias para avançar de série, a cada três anos.

“O ensino fundamental hoje tem uma grande qualidade que é manter os alunos na escola, a evasão escolar e baixa. Já no ensino médio essa evasão é alta, porque reprova de ano a ano. Mas o problema da aprendizagem persiste, então, a cada três anos haverá a possibilidade de retenção por um ano, isso uma mudança fundamental no modo de pensar o ensino ciclado”, afirmou.

O deputado Wilson Santos (PSDB), que acompanhou a elaboração do relatório desde o início, afirmou que o entendimento da Casa é de que o ensino ciclado pode ser a melhor opção para a educação pública, desde que seja implementado em sua totalidade.

“Nós propomos um período de até nove anos para que sejam feitos todos os ajustes, adequações e correções necessárias para a implantação total do Ciclo de Formação Humana. Nós entendemos que o ciclo é o melhor caminho, mas ele nunca foi implantado em sua totalidade”, disse.

O deputado disse ainda que o documento aponta caminhos importantes para que haja, de fato, “aprendizagem” nas escolas públicas de Mato Grosso. Para ele, da forma como está, os alunos estão apenas sendo “empurrados” para as séries seguintes.

“Nós somos uma usina de formação de analfabetos, esse é o grande problema. É um padrão nacional, a educação é muito ruim, muito abaixo do necessário. É um ou outro Estado que se destaca, mas de uma forma geral são 517 anos de irresponsabilidade com a formação do jovem nesse país. A educação no Brasil nunca foi tratada com respeito e com a seriedade que ela necessita e exige”, pontuou. 
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