O titular da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Gianmarco Pacolla, evitou falar sobre o inquérito que investiga o suspeito Emerson Fernandes Pedroso, de 18 anos, acusado de praticar zoofilia com uma cadela e publicar o vídeo na internet. O caso comoveu diversas entidades de direitos dos animais e causou repercussão em nível nacional.
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A declaração de Gianmarco, que se negou a comentar sobre o caso, é posterior à criação de um abaixo-assinado pela internet, que já tem mais de 2000 assinaturas e manifesta apoio à finalização das investigações. Em entrevista ao
Olhar Direto, Pacolla falou que comentar sobre o inquérito no momento atrapalharia o apuração dos fatos.
A criação do abaixo-assinado e algumas manifestações promovidas por entidades que defendem os direitos dos animais foi um dos fatores que provocou o assédio à Dema. Em um dos protestos, manifestantes particram do Fórum e foram até a delegacia pedir a conclusão do caso.
A fúria contra Emerson depois do vazamento do vídeo também se mostrou presente nas redes sociais e fora dela. Quando se entregou à polícia, no dia 24 de abril, o jovem apresentou um boletim de ocorrência por um suposto atentado, em que o carro dos pais levou dois tiros. Além disso, o universitário também ter tido a casa saqueada após a repercussão do caso.
Apesar da pressão, o delegado não deu prazo para o fim do inquérito. Pacolla contou que a investigação tem sido ampla, diante da possibilidade de que haja um grupo na internet com centenas de pessoas, que compartilham e consomem conteúdo de zoofilia.
Uma das principais pautas dos manifestantes e daqueles que se revoltaram conta Emerson é a inclusão da zoofilia como crime. Atualmente, a prática é enquadrada apenas no crime maus tratos, pela Lei nº 9605 de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais.
Para que isso aconteça, os manifestantes afirmam que o abaixo-assinado será encaminhado a deputada estadual Janaína Riva. A parlamentar prometeu levar o tema à bancada federal para tentar sensibilizar os representantes de Mato Grosso na Câmara para que se mobilizem pela aprovação do texto.
