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Sábado, 17 de agosto de 2024

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Namorada sobreviveu

Polícia descarta pacto de morte em envenenamento de casal; delegado aguarda laudo há quase dois meses

Foto: Reprodução/Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Polícia descarta pacto de morte em envenenamento de casal; delegado aguarda laudo há quase dois meses
Quase dois meses após a morte do eletricista Reginaldo Martins, 25, em um suposto envenenamento que também vitimou sua namorada, J.L.M., 23, a Polícia Civil ainda aguarda pelo resultado das análises dos alimentos ingeridos por eles para finalizar o inquérito. A hipótese de um pacto de morte entre o casal foi descartada depois do depoimento prestado pela mulher ao ser liberada no último mês do Hospital Regional de Alta Floresta (800 km de Cuiabá), onde estava internada em estado grave.


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A situação foi registrada na cidade de Apiacás (956 km de Cuiabá), no dia 15 de março,quando as vítimas passaram mal após um jantar com o irmão de J.L.M. Eles consumiram pizza, sorvete e coca-cola. O homem não resistiu e morreu na hora, enquanto sua namorada precisou ser encaminhada a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O irmão da garota, identificado como J., 20,  também estava no local, mas não apresentou nenhum sintoma.

Ao Olhar Direto o delegado responsável pela investigação, Marcos Lyra, explicou que além do rapaz, outros conhecidos do casal já foram ouvidos mas até o momento nenhum depoimento apontou para a existência de desavença familiar ou ameaças. Ele também reforça que os resultados das análises dos alimentos coletados pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) é determinante para a conclusão da apuração.

“É um caso muito difícil porque nada aponta para um esclarecimento óbvio. Não parece com um suicídio nem com um homicídio, mas ainda assim estamos investigando essas possibilidades. Já temos algumas linhas de investigação, mas não podemos divulgar. A única coisa que dá pra descartar é o pacto de morte entre o casal, que foi negado pela moça.”

No local foram recolhidas amostras dos alimentos ingeridos pelas vítimas. Na ocasião os três comeram a pizza e tomaram a coca, sendo que o único alimento não ingerido por J.,foi o sorvete.

Com relação à informação de que foi encontrado veneno de formiga na residência, o delegado afirma que a apenas a presença do produto na residência, sem o resultado das análises químicas, não é suficiente para concluir que houve envenenamento. “O fato de termos encontrado o veneno de formiga por si só não é suficiente para concluir que ele foi usado na comida. O veneno estava na casa, o que é muito comum no interior por conta do excesso de mato.”

Por meio de nota a Politec informou que o exame Toxicológico Geral do conteúdo estomacal de Reginaldo Oliveira ainda não foi concluído porque os gases responsáveis pelo funcionamento do equipamento Cromatógrafo Gasoso acoplado a Espectrometria de Massas estão em falta.  Um pregão para a licitação das substâncias foi realizado no último mês, mas fracassou em decorrência da falta de empresas presentes. Outro pregão será realizado após uma nova cotação de preços dos produtos, ainda sem data prevista para acontecer.
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