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Sábado, 17 de agosto de 2024

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Alvenaria é irrecuperável

Defesa Civil avalia riscos em prédio incendiado e orienta empresário a não voltar para edificação vizinha

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Defesa Civil avalia riscos em prédio incendiado e orienta empresário a não voltar para edificação vizinha
Diante do risco de desabamento, a Defesa Civil de Cuiabá isolou um trecho da Avenida Miguel Sutil, onde um incêndio consumiu um antigo prédio comercial na última segunda-feira (29). Nas imediações, o trânsito flui em meia pista. A medida foi adotada após uma vistoria realizada pelo órgão, na última semana, quando profissionais constataram que a parte de alvenaria do edifício foi comprometida pela dilatação causada pelo fogo, apresentando trincas e rachaduras. Corpo de Bombeiros e a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) também estiveram no local.


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Uma segunda edificação, anexa ao prédio, chegou a ser esvaziada durante o incêndio, por conta da fumaça. O estabelecimento funciona como uma loja de estofados e teve o piso danificado pelo calor. Para minimizar os mais de R$ 30 mil de prejuízo decorrentes de danos no estoque e de uma semana sem trabalho, o proprietário, Fábio Nicolau, pretende voltar ao ponto já na próxima segunda-feira (5). O retorno, no entanto, é desaconselhado pela Defesa Civil. 

De acordo com o diretor de proteção e defesa civil, coronel Paulo Wolkmer, uma avaliação precisa sobre as condições das vigas de sustentação, assim como um posicionamento sobre o futuro da edificação, só poderá ser emitido após o laudo técnico. “Pudemos perceber que a alvenaria é irrecuperável. Mas para falarmos sobre a estrutura, precisamos de testes de laboratório para verificar a resistência de materiais, e essa parte é com os peritos da Politec.”

Deste modo, é preciso aguardar o laudo para saber se o prédio oferece risco real de queda. Assim, caso o empreendedor retorne, estará descumprindo uma orientação do órgão. “Como a sugestão de meia pista para evitar acidentes, também recomendamos que aguardem o laudo para poder voltar. Sabemos que para o comerciante é péssimo, mas nossa prioridade é salvaguardar vidas. Depois deste objetivo primordial, partimos para os patrimônios”, diz Wolkmer.

Ele também explica que o trabalho só pôde ser feito dois dias depois do incêndio, uma vez que o local, além de estar super aquecido, concentrava grande quantidade de gases tóxicos, oferecendo risco a saúde dos profissionais. No depósito havia televisões, caixas de papelão e outros materiais combustíveis. As chamas teriam começado depois que supostos usuários de droga invadiram o a construção abandonada e queimaram fios para roubar cobre.


Na soma dos prejuízos, Fábio também contabiliza uma reforma na loja avaliada em R$ 15 mil. Para salvar parte do empreendimento, que funciona no local há mais de 20 anos, ele contou com a solidariedade de vizinhos que se mobilizaram para ajudar a família a carregar as peças. Na rua de trás, chegavam duas pick-ups. Documentos se misturavam a mostruários de tecido, poltronas e cadeiras retirados às pressas das carrocerias e colocados no interior da fábrica, vizinha do edifício. De lá se via a parte de trás do prédio, exposta pelo relevo da região, ser consumida pelas chamas. 

O incêndio, considerado de grandes proporções para uma área confinada, foi registrado nas proximidades do cruzamento com a Avenida Jurumirim. Em mais de três horas, as o fogo, que começou na parte de baixo da construção, se espalhou por outros andares, deixando um cenário de destruição e fumaça. Na batalha contra as chamas, os bombeiros utilizaram mais de um caminhão de água, tendo ajuda da prefeitura a quem mais pudesse contribuir. O medo era que o incêndio atingisse outras edificações.
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