J.S.S., 37 anos, acusa um gerente do Banco do Brasil, identificado como U.S.B., 37 anos, de tê-lo chamado de ‘mulato’ em tom ofensivo após o cliente ser barrado diversas vezes na porta giratória da agência, na última terça-feira (04). Uma testemunha teria presenciado a cena. A vítima ainda alega que o gerente teria dito que iria retirar sua conta dali. O denunciado negou os fatos, que foram registrados na rua Comandante Costa, em Cuiabá.

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Narra o boletim de ocorrências que a vítima foi até a agência e não conseguiu passar pela porta giratória, que travou. O segurança então teria dito para retirasse objetos de metal do bolso e tentasse passar novamente. O procedimento teria se repetido diversas vezes.
 
O cliente então ligou para sua enteada, que chegou ao local meia hora depois. Ele então entrou na agência novamente. Uma testemunha disse que o gerente teria dito as seguintes palavras: “Avisa este mulato que ele só irá conseguir entrar quando retirar todos os metais do bolso”. A mesma testemunha teria dito que o gerente não poderia falar isto.
 
Neste momento, teve início uma discussão na interior da agência. A testemunha teria se sentido coagida, já que o gerente teria ameaçado retirar a sua conta do banco e que não tinha interesse em manter um cliente como ele. A enteada de J. então teria começado a filmar a situação e teve o celular pego pelo acusado.
 
Ele só devolveu o aparelho mediante muita insistência da mulher. Como as partes não chegaram a um acordo, foram encaminhadas para a Central de Flagrantes, onde foi registrada a ocorrência. O advogado Willian José de Araújo se apresentou, dizendo ser representante do Banco do Brasil.
 
O gerente geral da agência informou aos policiais que as filmagens do monitoramento vão ser disponibilizadas para os esclarecimentos do caso. O boletim de ocorrências foi registrado como injúria mediante preconceito e ameaça, ambos consumados.
 
Outro lado
 
A reportagem tentou contato com o gerente e a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, mas as ligações não foram atendidas. O advogado citado no boletim de ocorrências também foi procurado, mas nenhum contato foi encontrado.