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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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​APÓS INQUÉRITO

Assof diz que tenente acusada de tortura não teve relação com a morte de soldado

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Assof  diz que tenente acusada de tortura não teve relação com a morte de soldado
O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof-MT), tenente-coronel Wanderson Nunes de Siqueira, se posicionou no caso da tenente dos Bombeiros Izadora Ledur, acusada de torturar o aluno soldado Rodrigo Claro, que faleceu no dia 16 de novembro. Siqueira afirmou que a tenente não teve relação com a morte de Rodrigo.


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A Assof-MT emitiu uma nota, assinada pelo tenente-coronel Siqueira, para prestar esclarecimentos sobre os fatos ocorridos no treinamento para Formação de Soldados do Bombeiro realizado no último dia 10 de novembro, na Lagoa Trevisan, e que após o seu encerramento, registrou o falecimento de Rodrigo Claro.

Na nota a Assof-MT diz que analisou os inquéritos e afirmou que não houve envolvimento da tenente Ledur, nem de nenhum outro oficial dos Bombeiros, na morte de Rodrigo. A Associação condenou a forma como o caso foi noticiado.

“Nos últimos meses temos acompanhado uma verdadeira condenação em praça pública da Tenente BM Izadora Ledur, com matérias e comentários tendenciosos que tentam convencer a opinião pública, de que a Oficial teria relação com a morte do aluno soldado Rodrigo Claro”.

Sob imposição de diversas medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a tenente Izadora Ledur, obteve uma licença para tratamento de saúde concedida pelo Comando Geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso na semana passada. No total ela já obteve seis atestados para licenças médicas.

O caso

A nota narra que no dia do treinamento o soldado Rodrigo Claro sofreu um mal súbito, e posteriormente foi atendido na policlínica do Verdão, onde disse estar sentindo dores de cabeça. A associação afirma que não houve nenhum incidente do tipo afogamento, torções ou fraturas durante o treinamento.

Após o atendimento, Rodrigo foi medicado e liberado, sendo classificado como paciente sem risco.  Algumas horas mais tarde, Rodrigo começou a convulsionar e foi encaminhado a um hospital particular, porém, ele faleceu no dia seguinte.

O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a causa da morte foi hemorragia cerebral de causa natural, e que as feridas observadas em Rodrigo eram provenientes do tratamento médico recebido na policlínica do Verdão e no hospital particular.

Ao final, a Assof ainda disse que “se não fosse após o treinamento de salvamento aquático, infelizmente o Aluno Soldado BM Rodrigo poderia vir a óbito ou sofrer sequelas provenientes de um AVC dormindo, correndo, realizando uma refeição ou praticando um esporte”.
 
Leia a nota na íntegra:

A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso vem a público, após concluídas as investigações realizadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil, prestar esclarecimentos sobre fatos ocorridos em um treinamento para Formação de Soldados do Bombeiro realizado no dia 10/11/2016 na Lagoa Trevisan, que após o seu encerramento, registrou o falecimento do Aluno Soldado BM Rodrigo Claro.
 
Nos últimos meses temos acompanhado uma verdadeira condenação em praça pública da Tenente BM Izadora Ledur, com matérias e comentários tendenciosos que tentam convencer a opinião pública, de que a Oficial teria relação com a morte do aluno soldado Rodrigo Claro.
 
A ASSOF, que é uma entidade de classe que representa os Oficiais da PM e do Bombeiro de Mato Grosso, após analisar com muito cuidado os inquéritos que foram realizados se sente à vontade e na obrigação de esclarecer a sociedade Mato-grossense do não envolvimento da Tenente Ledur, nem de nenhum Oficial ou Praça do Corpo de Bombeiros na morte do jovem Rodrigo Claro.
 
Para realizarmos tal afirmação, tomamos o cuidado de lermos todos os depoimentos que foram prestados nos inquéritos e deles conseguimos inferir que no dia 10 de novembro de 2016, o 2º Pelotão do Curso de Formação de Soldados do Bombeiro participou na Lagoa Trevisan de um treinamento da disciplina de “Salvamento Aquático”.
 
A aula prática que teve início as 14 horas, encerrou-se as 18 horas e foi ministrada pela Tenente BM Ledur e pelo Tenente Coronel BM Marcelo Reveles, além de outros monitores, especialistas na matéria.
 
Durante o treinamento não foi registrado nenhum incidente do tipo afogamento, torções ou fraturas, a não ser, um mal súbito no aluno soldado BM Rodrigo Claro, que dizia sentir dores de cabeça e que por isso, foi autorizado as 15 horas, a retornar para o quartel do Bombeiro localizado no bairro Verdão em Cuiabá.
 
Chegando ao quartel o aluno soldado Claro, se apresentou ao Coordenador do Curso e disse estar sentindo dores de cabeça, imediatamente foi determinado que uma guarnição do bombeiro o conduzisse a Policlínica do Verdão, onde, após uma triagem com aferição da pressão arterial e exames preliminares, foi classificado como paciente sem risco (verde) e após algum tempo, foi atendido e medicado por uma médica plantonista.
 
Passadas algumas horas, o aluno soldado Rodrigo Claro começou a convulsionar e a partir daí, foi submetido a tratamento emergencial e encaminhado a um hospital particular, más infelizmente no dia seguinte ele veio a óbito.
 
A grande repercussão e as suspeitas de que a morte do aluno soldado Claro havia sido provocada por excesso no treinamento ou maus tratos por parte dos instrutores, culminou com a instauração de dois inquéritos, um no Corpo de Bombeiros e outro na Polícia Civil.
 
Durante os inquéritos foi solicitado da Polícia Técnica (POLITEC) um exame minucioso do jovem Rodrigo Claro e os peritos ao final, foram categóricos em afirmar que:
 
1.     A morte de Rodrigo Claro se deu por hemorragia cerebral de causa natural;
 
2.     Além das feridas provenientes do tratamento médico recebido na policlínica do verdão e no hospital particular, não se observou nenhum outro vestígio de lesão traumática recentes na superfície externa do corpo;
 
3.     Perguntado se a morte foi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura ou por outro meio insidioso ou cruel, os peritos responderam que não.
 
De posse das informações periciais e ainda, considerando informações preliminares que dão conta de um histórico familiar, onde existe registros de parentes do Aluno Soldado BM Rodrigo Claro que já vieram a óbito ou se encontram enfermos provenientes de acidentes vasculares cerebrais (AVC).
 
Levando-se em conta vídeos e fotografias produzidas durante o treinamento e ainda, as informações prestadas pelos alunos do curso, instrutores e monitores nas oitivas, a Associação dos Oficiais afirmar e reafirma que o treinamento e as instruções de salvamento aquático que o aluno soldado BM Rodrigo Claro participou no dia 10 de novembro de 2016, não contribuíram nem tiveram relação de causa e efeito com a sua morte.
 
A Associação dos Oficiais desde o primeiro momento entendeu necessária a apuração da causa da morte do jovem Rodrigo, pois somos contra qualquer tipo de excesso e defendemos a verdade e a correição, por isso, entendemos a dor da família.
 
Entretanto nos arriscamos a afirmar que: se não fosse após o treinamento de salvamento aquático, infelizmente o Aluno Soldado BM Rodrigo poderia vir a óbito ou sofrer sequelas provenientes de um AVC dormindo, correndo, realizando uma refeição ou praticando um esporte.
 
Por esse motivo, a ASSOF reafirma o seu compromisso com os associados e com a sociedade Mato-grossense de continuar defendendo as coisas certas e lutar pela verdade, más tem clara convicção de que nem a Tenente Ledur nem os demais instrutores e monitores da disciplina de salvamento aquático tiveram qualquer relação com a prematura morte aluno soldado BM Rodrigo Claro.
 
Por amor ao debate e em respeito à sociedade que precisa estar informada sobre todo o caminhar dessa apuração, nos colocamos a disposição dos veículos de informação, para prestar quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários.
 
Data: 09/08/2017
Fonte: Tenente Coronel PM Wanderson Nunes de Siqueira - Presidente da ASSOF
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