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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Escutas ilegais

Diretor geral da Polícia Civil acredita que investigação sobre grampos pode durar até quatro meses

Foto: Meneguini/Gcom-MT

Diretor geral da Polícia Civil acredita que investigação sobre grampos pode durar até quatro meses
O diretor geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco, disse em entrevista ao Olhar Direto que as investigações sobre os grampos ilegais que aconteceram em Mato Grosso podem durar até quatro meses. Ainda ressaltou que cabe a delegada Ana Cristina Feldner decidir se precisará de ajuda para presidir o inquérito, após a saída do Fabiano Pitoscia por “razões de foro íntimo”.


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“Ele oficiou à diretoria geral justificando motivos de foro íntimo. De imediato, nós informamos o desembargador Orlando Perri. Em contato com a Dr. Ana Cristina, nos colocamos à disposição para que ele seja substituído, caso ela entenda ser necessário. Cabe a ela analisar se consegue presidir sozinha ou se necessitará de ajuda”, explicou o delegado geral.
 
Vasco ainda acrescentou que tentou demover o delegado da ideia, mas não conseguiu: “Alegou apenas motivos de foro íntimo. Tentei conversar com ele, para que continuasse nas investigações, mas infelizmente não aceitou. Acredito que não tenha prejuízo para o andamento. Não há como precisar o tempo que deve durar, mas acredito que possa ser de dois a quatro meses para finalizar”.
 
Desistência
 
O delegado Fabiano Pitoscia decidiu abandonar as investigações que apuram o esquema de escutas ilegais operado pela Polícia Militar em Mato Grosso. Ele alegou “razão de foro íntimo” para não continuar a apurar os crimes. Com isto, apenas a delegada Ana Cristina Feldner continua conduzir o inquérito.
 
Em julho deste ano, o delegado Flavio Stringueta também pediu afastamento das investigações. Porém, no caso dele, o que motivou o abandono foi uma grave e rara doença que o acometeu: “Não estou saindo porque recebi algum tipo de intimidação ou revés nas investigações, mas por falta de condições físicas de atender bem ao que me foi atribuído”, disse.
 
Até o momento, quatro militares: os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior estão presos por envolvimento no esquema que monitorou médicos, empresários, além de políticos.
 
Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.
 
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
 
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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