Apesar de alguns benefícios trazidos com as alterações no traçado da BR 364, estudantes, pais, e servidores que frequentam o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) São Vicente, e comunidade que mora em suas redondezas, tiveram problemas de segurança, com risco de atropelamento durante a travessia da rodovia. Por isso, o Dnit voltou a fechar o trecho e só irá liberá-lo após a construção de passarelas e pontos de ônibus.
O trajeto destes moradores já era feito há décadas, porém agora o trecho da BR é de trânsito rápido e sem qualquer meio que possibilite ao pedestre fazer a travessia com segurança: passarela, faixa de pedestre elevada com semáforo ou redutor de velocidade. Para piorar, quem se atreveu a arriscar a vida nesta travessia, quando ela estava liberada, tinha de saltar um muro de concreto de aproximadamente um metro de altura, que divide as pistas.
Leia Mais:
IFMT retoma aulas e Secretaria Municipal descarta meningite como causa de morte de estudante
O trecho da rodovia entre os km 327 e 329, que passava em frente à instituição de ensino, foi deslocado mais ao norte, ainda em área desapropriada da escola, que tem mais de 5 mil hectares.
A mudança no traçado aconteceu em agosto, sem aviso prévio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), para que alunos e servidores pudessem ser orientados a respeito de como chegar à escola com segurança.
O superintendente regional do Dnit, Orlando Fanaia Machado, falou explicou após a publicação desta matéria que havia um acordo com a instituição de ensino, que doaria uma área para a construção de uma entrada segura, com guarita. Posteriormente foi identificado que isso não seria o suficiente para garantir a segurança de todos os estudantes.
“Ninguém informou a gente dos estudantes vinham do lado contrário e depois vimos que realmente era perigoso”, explicou. “Voltamos a fechar o tráfego e vamos construir duas passarelas e os pontos de ônibus”, completou.
O câmpus, prestes há completar 75 anos, tem aproximadamente 500 alunos. Ao lado também existe a escola estadual Gustavo Dutra, que atende mais de 200 alunos, desde o ensino infantil ao médio. Diariamente, muitos destes alunos e trabalhadores, que moram nas proximidades e no assentamento rural Santo Antônio da Fartura, têm que transpor a rodovia para chegar às escolas.
Prática comum pelos alunos de São Vicente, a carona também estava inviabilizada com esta mudança. O mesmo percurso, de mais de 2 quilômetros, deve ser superado para que o transporte solidário possa ser conseguido nas imediações do viaduto edificado no entroncamento da BR 364 com a BR 070.
Atualizada às 10h48.