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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Segundo Silval

Diretor do Dnit cobrou propina para liberar recursos de obras de mobilidade urbana em Cuiabá

Foto: Reprodução

Diretor do Dnit cobrou propina para liberar recursos de obras de mobilidade urbana em Cuiabá
O ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e atual diretor de infraestrutura rodoviária, Luiz Antônio Ehret Garcia, teria exigido propina para continuar a liberar os recursos do órgão para a sequência das obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014. O fato foi narrado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em sua delação premiada, que foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.


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Em seu depoimento, Silval lembrou que o Estado e o Dnit firmaram um Termo de Cooperação no valor aproximado de R$ 160 milhões para investir em obras de mobilidade e travessia urbana nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande e que tais recursos foram utilizados nas obras do Viaduto do Despraiado, Viaduto da trincheira Jurumirim/Trabalhadores, Viaduto do Santa Rosa, Viaduto do Verdão, Complexo Viário do Tijucal e o viaduto da Dom Orlando Chaves.
 
Porém, se recorda que nos últimos meses de 2012 o Dnit começou a atrasar os repasses dos valores, sendo que isso durou quase um ano, sob a alegação de irregularidades nos projetos. Silval ainda conta que, após isto, foi procurado pelo então deputado federal, Wellington Fagundes, que hoje é senador, que informou que o órgão não estava fazendo os repasses em razão do não pagamento de propinas.
 
Fagundes teria dito ainda que, se Silval quisesse receber os repasses novamente de forma tempestiva, teria que pagar propina no valor de R$ 2 milhões ao então superintendente do Dnit. Por conta da necessidade de entregar os projetos a tempo, o ex-governador teria aceitado a proposta.
 
Para tanto, determinou que o ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, se encontrasse com Luiz Antônio Ehret Garcia e pagasse os valores pedidos de propina. Os dois então se reuniram em um local que Silval não soube informar, onde ficou acordado o pagamento.
 
No primeiro momento, após a conversa, foi repassado R$ 1 milhão ao então superintendente, tendo ficado de acertar o restante posteriormente. O ex-governador não soube informar se o restante da propina foi pago, mas tem ciência de que o Dnit voltou a encaminhar os recursos logo após o início dos pagamentos das propinas.
 
Silval ainda disse não saber se Wellington Fagundes obteve alguma vantagem nesta operação e que os valores repassados para o pagamento da propina eram oriundos de recebimentos de 'retornos' das empresas que prestavam serviços na Secopa, não sabendo precisar de qual empresa saíram os recursos.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto tentou contato com a assessoria de imprensa do órgão, que solicitou a demanda por e-mail. Porém, não houve resposta até a publicação da matéria.
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