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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Mais de uma década

Com caixões, ex-funcionários do transporte coletivo protestam e cobram dinheiro devido por empresa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Com caixões, ex-funcionários do transporte coletivo protestam e cobram dinheiro devido por empresa
Ex-funcionários da empresa Arara Azul, que fazia o transporte intermunicipal de Cuiabá e Várzea Grande até 2006, protestam na manhã desta segunda-feira (27), na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá e cobram o dinheiro devido a eles, quando foram demitidos na época em que a empresa foi fechada. “Tenho que receber R$ 139 mil, preciso pagar meus remédios”, disse uma das manifestantes. Os colaboradores lutam a mais de uma década por seus direitos.


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“Quando a empresa faliu e demitiu a gente, ficamos sem receber. Queremos uma solução, trabalhei durante 20 anos nesta empresa. Quando a advogada fez o levantamento, eu tinha R$ 139 mil a receber. Mas até agora não vi nenhum centavo disto. É um dinheiro que eu preciso e muito”, disse Iolanda Rodrigues de Lima, de 68 anos, ao Olhar Direto.
 
Iolanda ainda conta que durante o período em que trabalhou na empresa, passou por várias situações: “A gente chegava a ficar sem comer, passava fome. As vezes não dava tempo nem de ir no banheiro, porque tinha que voltar correndo para o ônibus. Eu fui cobradora na maior parte do tempo que estive lá. Agora, tomo remédios controlados por conta dessa pressão”. Durante o protesto, os manifestantes usaram um caixão preto para chamar atençaõ ao problema.
 
Os funcionários cobram pagamento de salários e encargos trabalhistas da empresa. Quando a empresa perdeu a concessão, os empresários fecharam as portas sem aviso prévio. Na ocasião o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Coletivo (Stett) de Cuiabá e Várzea Grande conseguiu uma liminar na Justiça garantindo a apreensão de todos os veículos.
 
O objetivo seria garantir o pagamento dos direitos trabalhistas. Porém, eles teriam tentado fugir com os ônibus durante a madrugada. Os funcionários ficaram sabendo do plano e conseguiram impedir a transferência. Outros foram recuperados pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar em uma fazenda em Rondonópolis.
 
A Arara Azul foi acusada também de possuir matriz e filial em paraísos fiscais (Panamá e Portugal). 
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