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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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APÓS AFASTAMENTOS

“A instituição é centenária, se alguma situação ou outra coisa ocorreu foi feito por homens”, diz comandante geral da PM sobre grampos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

“A instituição é centenária, se alguma situação ou outra coisa ocorreu foi feito por homens”, diz comandante geral da PM sobre grampos
O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, o coronel Marcos Vieira da Cunha, disse que as investigações sobre os grampos clandestinos, com participação de policiais militares, não mancham a reputação da instituição. Por causa das investigações o antigo secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, e o antigo corregedor da PM, o coronel Eduardo Pinheiro da Silva, foram afastados. Cunha afirmou que a PM segue mantendo o mesmo padrão, no intuito de trazer segurança à população.


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O coronel disse que a Polícia Militar irá contribuir com as investigações de maneira parcial, mas que o caso está agora sobre disposição da Justiça e não pode dar mais informações.

“A instituição é centenária, se alguma situação ou outra ocorreu foi feito por homens. A instituição vai apurar, com bastante isenção, com bastante imparcialidade, e está em segredo de Justiça. A Justiça está apurando, mas no que a Polícia Militar puder contribuir e tomar as providências na esfera de nossa competência, a gente vai tomar”, disse o comandante.

Investigações sobre grampos em Mato Grosso apontaram que a Corregedoria determinou a mudança de fardamento de alguns agentes, para que um equipamento de captação de imagem e áudio fosse instalado no uniforme do tenente coronel Soares, com o objetivo de obter registros que pudessem provocar a suspeição do desembargador Orlando Perri, que conduz o inquérito sobre os grampos ilegais no Estado.

Por conta disso, no último dia 28 de setembro o então corregedor-geral da PM Eduardo Pinheiro da Silva, foi afastado. Cunha disse que a nova corregedora-geral que assumiu o cargo, a coronel Ridalva Reis de Souza, deve manter a imparcialidade nas investigações.

“Nós temos uma corregedora nova, que é a coronel Reis, e todas as providências que chegam ao comando têm sido pontuais. Com relação aos inquéritos abertos nós vamos atuar dentro da legalidade e com imparcialidade”, disse.

No último dia 20 de setembro o então secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, foi afastado após ser acusado de cometer diversas ilicitudes para barrar as investigações dos grampos. Também foi determinada a instalação de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de busca e apreensão nas dependências da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Com a saída de Jarbas quem assumiu o comando da Sesp foi o secretário adjunto, Gustavo Garcia. Com relação à troca de secretários, o comandante geral da Polícia Militar afirmou que não houve mudança nos trabalhos da PM no Estado, e que as estatísticas são louváveis.

“Nós estamos mantendo o mesmo padrão desde o início do ano. Os índices nossos são históricos, enquanto alguns estados comemoram de 3% a 5%, nós estamos com 10% de redução de homicídio, mais de 20% de redução de roubo, se você verificar a nível nacional são estatísticas louváveis. Está bom? Lógico que não, mas estamos no caminho certo e isso que é o mais importante”, disse o coronel.
 
Esquema dos Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”. O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração do Fantástico.

Os militares envolvidos vão responder pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar. Zaqueu Barbosa e Gerson Correa Junior seguem presos preventivamente.
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