O secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), afirmou – em entrevista ao programa Chamada Geral, da Mega FM – que parte considerável do asfalto da avenida Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), será “destruída e jogada fora”. Isso porque a qualidade das obras é péssima, segundo o gestor da pasta. Em entrevistas anteriores, o tucano classificou-a como “uma das mais mal feitas da história de Cuiabá”.

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“Todas as sondagens necessárias foram feitas. Parte considerável da obra será destruída e jogada fora. Há problemas de utilização de materiais de baixa qualidade, compactação, um conjunto de patologias já identificado pela empresa que fez o gerenciamento e consultoria. Estamos com o relatório técnico, encaminhamos para o Consórcio Trimec-Hytec”, explicou o secretário.
 
Wilson ainda acrescenta que “tive uma reunião com eles [consórcio], é provável que retomemos já em abril deste ano. Não deve passar de quatro meses, é obra para 120 dias. A empresa é a responsável pela obra mal feita, depois, ainda ficará responsável por mais cinco anos, que é a garantia”.
 
No fim do ano passado, o secretário disse que “quase todas as obras na minha secretaria, especialmente as da Copa do Mundo, são ‘bichadas’. Elas têm erros de projeto, foram feitas nas ‘coxas’. A avenida Arquimedes Pereira Lima, até ontem, não tinha o projeto executivo. Usaram material de baixa qualidade, erraram em vários aspectos”.
 
Além disto, Wilson disparou que “é uma das obras mais mal feitas que eu já vi na história de Cuiabá. O governador Pedro Taques (PSDB) deixou claro. Com essa qualidade na estrada do Moinho, esquece”.
 
O valor total do contrato da Estrada do Moinho é de R$ 23.696.504,41, e compreende convênio com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). O projeto de duplicação da avenida, iniciado em 2013, contempla 4,42 quilômetros, e prevê ainda os alargamentos das pontes sobre o Córrego do Moinho e Coxipó.
 
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cidades (Secid), conseguiu prorrogar o contrato das obras neste ponto. “Conseguimos com a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) prorrogar o contrato por mais 12 meses, foi uma conquista”, explicou o secretário.