A delegada Sílvia Virgínia Biagi Ferrari, do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), deve reunir tudo o que foi apurado no caso da adolescente de 15 anos que teria forjado seu sequestro e encaminhar o caso para o delegado titular da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), para a possibilidade dele querer investigar. Os pais da garota não quiseram dar continuidade na investigação sobre o desaparecimento.

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De acordo com a Polícia Judiciária Civil (PJC), após serem ouvidos nesta quinta-feira (15), os pais da adolescente de 15 anos afirmaram que não tem interesse em dar continuidade ao inquérito. Wilson e Claudete Girotto comunicaram à polícia apenas o desaparecimento da filha. O suposto sequestro não chegou a ser notificado oficialmente.

Várias fotos e áudios compartilhados nas redes sociais apontaram que o sequestro teria sido forjado pela menina. A assessoria da PJC afirmou que em nenhum momento foi comunicado à polícia algum falso crime, já que os pais comunicaram apenas o desaparecimento, pois de fato não sabiam o paradeiro da filha. Portanto, não há nenhuma medida a ser tomada quanto a isso.

Agora a delegada Silvia Virgínia Biaggi deve reunir todas as informações que foram apuradas nestes dias e encaminhá-las ao delegado titular da Deddica, caso ele considere que deve continuar investigando a história.

Apenas Wilson, Claudete e o motorista do Uber, Inatan Silva, que transportou a menina no dia do desaparecimento e a princípio foi apontado como sequestrador, foram ouvidos. Os pais não quiseram levar a menina à delegacia.

O caso
 
A garota é aluna do Colégio Isaac Newton e foi vista pela última vez às 11h30 da manhã de quarta-feira (14), quando saia da escola, na região central de Cuiabá. No mesmo dia ela teria pegado um Uber e depois desapareceu.
 
Ela foi encontrada na noite de quarta (14), em um matagal na região da Avenida Fernando Corrêa, desnorteada, com sinais de maus-tratos e alegando sentir dores na perna e na nuca. Ela foi levada para o Hospital Santa Rosa, onde foi atendida.
 
A menina foi medicada e já está em casa. Ela ainda não contou à família o que de fato teria acontecido. O caso dela gerou muita comoção nas redes sociais.