Após a divulgação de vídeos de tortura, onde supostos membros de uma facção criminosa praticam ‘salves’ [termo usado para sessões de espancamento promovido pelos criminosos] e diversas pichações por Cuiabá e Várzea Grande, a Polícia Militar garantiu que prendeu 11 suspeitos, sendo 9 somente no mês de março.

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Os números foram expostos pela Subchefia de Estado Maior Geral da Polícia Militar, coronel Henrique Correia da Silva Santos. “O nosso trabalho forte contra as facções continua. Daqueles vídeos que circulavam em aplicativos de celular, 11 pessoas foram presas pela Polícia Militar. Nosso serviço de inteligência é incansável e assim conseguimos identificar e prender”, afirmou ele, durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (11).

Somente nos primeiros meses deste ano, diversos vídeos onde eram praticados os ‘salves’ foram divulgados. Um deles mostra uma pessoa do sexo masculino, provavelmente um menor, sendo torturado por supostamente ter cometido um assalto no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. Dias depois, um rapaz foi espancado no bairro Jardim Marajoara, em Várzea Grande. O motivo, segundo a filmagem, seria o fato de o rapaz ter agredido a própria mãe. Além disso, pichações foram espalhadas pela cidade, com mensagens de ‘proibição’ de roubo em alguns bairros periféricos.
 
Contudo, para tentar inibir essas práticas criminosas, recentemente foi deflagrada a operação ‘Ordem Pública’. Inicialmente, foi executada em Cuiabá e Várzea Grande, mas o plano do Comando Geral da PM é expandi-la para os 141 municípios de Mato Grosso.
 
“Essa operação, inicialmente está em Cuiabá e Várzea Grande, mas ela será estendida para o todo o Estado. Em parceira com a Prefeitura e a Polícia Civil, ela [operação] tem o foco de aumentar a sensação de segurança e a presença dos policiais, em alguns bairros. O nosso serviço de inteligência identifica onde há ações de facções criminosas, ou onde há aumento nos índices de violência. Então, esses bairros são priorizados dentro da operação. A Prefeitura tem feito um trabalho de limpeza, das pichações dos muros. A Polícia Militar tem dado segurança para esses profissionais da Prefeitura”, explicou.
 
Conforme o militar, apesar das ações das facções criminosas terem ‘cessado’, a operação não têm uma data para ser finalizada. O coronel também disse que os ‘tribunais do crime’ pararam de acontecer e asseverou que caso aconteça novamente, a PM irá prender os envolvidos.  
 
“O trabalho nunca vai parar. Nós trabalhamos forte para evitar esse tipo de afronta. Nossa resposta é rápida, pois estamos no serviço de monitoramento 24h. Pinturas em muros e pichações também cessaram. Nós estamos indo no foco do crime. Não vamos deixar isso proliferar. Temos observado que com esse trabalho preventivo, os vídeos pararam de acontecer e se voltar a acontecer, nós vamos prender os envolvidos”, concluiu.