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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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3ª do ano

Interceptação de aeronave com 500 kg de drogas é grande baque para o crime organizado, diz comandante

Foto: Ciopaer

Interceptação de aeronave com 500 kg de drogas é grande baque para o crime organizado, diz comandante
O comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), tenente-coronel PM Juliano Chirolli, avaliou que a interceptação de uma aeronave que vinha da Bolívia, carregada com 500 quilos de cocaína, na fronteira entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bolívia, na última quarta-feira (25), é um grande baque para o crime organizado. Além disto, classificou como extremamente positivo o trabalho de inteligência feito pelas forças de segurança. Este é o terceiro avião interceptado no ano e o segundo abatido após a sanção da ‘Lei do Abate’.


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“É um grande baque para o crime organizado, perderam uma aeronave e também 500 kg de entorpecentes. Temos a informação de que a Força Aérea Brasileira (FAB) só tinha feito um abate no país depois da lei ser sancionada, portanto, este é o segundo caso. É um trabalho em defesa da sociedade brasileira”, comentou o comandante.
 
O tenente-coronel conta que os homens do Ciopaer decolaram por volta das 05h30 da última quarta-feira, com destino ao local: “Os caças saíram de Campo Grande e a operação se deu em conjunto. O piloto levou a aeronave até uma região grande, de uma lagoa e fez o pouso forçado. As drogas foram encontradas, assim como a aeronave”.
 
O comandante ainda acrescenta que “temos um histórico de sempre apoiar a Polícia Federal. Ocorre que com o trabalho mais aprofundado e de inteligência, este ano está sendo diferenciado. Já é a terceira aeronave interceptada e apreendida com as forças de Segurança em Mato Grosso. Os resultados no combate ao tráfico de drogas estão extremamente positivos”.
 
Conforme as informações da FAB, a interceptação seguiu todas as medidas de policiamento do espaço aéreo, incluindo o tiro de aviso, até chegar na última medida prevista: o tiro de detenção. Esta é a segunda vez que esta medida é tomada pelo órgão.
 
A interceptação teve início ao norte de Corumbá (MS), por volta das 07 horas. Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não tinha plano de voo, fez pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, que pertence a cidade de Poconé.
 
A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto com a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública. Equipes da PF foram encaminhadas para o local, assim como um helicóptero H-60 Black Hawk e militares especializados em busca e salvamento.
 
Passo a Passo
 
A FAB explicou que o piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, conforme estabelece a Lei 7565/1986, interrogando o piloto do bimotor, mas não obteve resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita.
 
Na sequência, o piloto da FAB ordenou a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Cuiabá. Porém, o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso, informando que o avião interceptado pousasse no aeródromo mais próximo. Ainda sem retorno, foi disparado o tiro de detenção.
 
As medidas de controle do espaço aéreo realizadas estão previstas no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. “Ao tentar se evadir e após se negar a responder a todas as chamadas do A-29 da Defesa Aérea, inclusive o tiro de aviso, a aeronave foi alvejada, o que forçou um pouso de emergência”, explica o Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.
 
De acordo com o oficial-general, a ação representa o cumprimento pleno da missão da FAB na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. “A aeronave em questão não tinha plano de voo, estava com uma matrícula falsa e foi interceptada em decorrência da Operação Ostium, operação permanente e que conta com a participação da Polícia Federal, de diversos órgãos de inteligência e de segurança pública”, afirmou.
 
Outro caso
 
No início de março deste ano, um avião bimotor, matrícula PR-EBF, com 500 kg de cocaína, vindo da Bolívia, foi interceptado por um caça A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB), na região de Tangará da Serra. A ação também fez parte da 'Operação Ostium'.
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