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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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29ª Romaria

Contra o modelo de desenvolvimento do agronegócio, romaria reúne movimentos sociais

Foto: Reprodução

Contra o modelo de desenvolvimento do agronegócio, romaria reúne movimentos sociais
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e outros movimentos sociais realizaram na terça e quarta-feira (01 e 02), na 29ª Romaria dos Trabalhadores.  O ato celebrou  o Dia do Trabalhador, comemorado 1º de maio, e teve como objetivo fortalecer a luta pelo direito das classes excluídas e a permanecia no campo com respeito à realidade camponesa. Os movimentos também se posicionaram contra o modelo de desenvolvimento do agronegócio.


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 “O tempo para encontrar soluções globais está acabando. Só podemos encontrar soluções adequadas se agirmos juntos e de comum acordo. Portanto existe um claro, definitivo e improrrogável imperativo ético de agir”, dizem os movimentos.  A organização aponta, que a qualidade da vida urbana virou uma mercadoria, e as pessoas estão sendo forçadas a viver em residenciais, longe do centro da cidade.
 
Perante este cenário, o direito à cidade é uma das exigências de recuperação coletiva do espaço urbano por grupos excluídos e vulneráveis, que vivem em bairros periféricos da cidade, sem transporte público, equipamentos e serviços sociais essenciais, como escolas, postos de saúde, segurança pública, creches, saneamento, iluminação pública.

“Defender o direito à cidade é garantir o exercício do poder para a classe trabalhadora, para as pessoas de cor, para os imigrantes, os jovens as mulheres, LGBTs e para todas as pessoas comprometidas com uma sociedade verdadeiramente democrática. O ataque ao direito de viver, do direito à vida está se tornando estrutural na cidade. Mulheres vivem com medo de serem agredidas, violadas, violentadas. Negros e negras não conseguem empregos”, pontua.

Outro fator apontado é a luta pelas terras e águas. Conforme os grupos, a concentração de terras está propagando fome, desemprego, conflitos sociais, miséria e a morte.
 
“A terra não pode ser fonte de lucro e exploração, ela tem que ser terra de trabalho, de alimentação, de sustentabilidade. Uma terra da qual brote vida e não devastação, envenenamento, destruição da biodiversidade. A luta pela terra é a luta pela vida em abundância”.
 
A romaria também visa denunciar o modelo de desenvolvimento do Agronegócio e alavancado por governos, que estariam desestruturando o modo de vida de populações tradicionais e transformado direitos em mercadoria.

A programação deve seguir durante os dois dias, com assembleias, feira agropecuária com produtos orgânicos e celebração festiva com música, teatro em comemoração à luta dos trabalhadores.
 
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