Os alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se reuniram na noite desta terça-feira (8) e votaram a favor da greve estudantil e pela permanência da ocupação no campus para reivindicar a permanência do preço no Restaurante Universitário em R$ 1. De acordo com os organizadores, cerca de 1.500 estudantes estavam no local.

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Os estudantes se reuniram na praça em frente ao Restaurante Universitário. Os líderes do movimento de ocupação do campus, iniciado no dia 24 de abril, organizaram uma votação, que decidiu pela greve. Em vídeo compartilhado por eles é possível ver que um grupo de estudantes se manifestou contra o movimento, no entanto, a maioria decidiu pela greve e pela continuação da ocupação.

A Justiça Federal já havia notificado a Administração Superior da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no final da tarde da última sexta-feira (04), sobre a expedição de mandado de reintegração de posse no campus de Cuiabá da Instituição, após a ocupação dos estudantes.

A decisão do juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho apontava que o risco ao patrimônio público foi comprovado pela Procuradoria Federal junto à UFMT, por fotos e documentos anexados ao processo, que comprovariam ocupação irregular dentro do prédio.

Os estudantes afirmam que desde fevereiro procuram a Reitoria, para que fosse feito o diálogo. Ontem (8) a reitora Myriam Serra os procurou para propor a criação de uma comissão, para ver de que forma o aumento poderia ser implantado, no entanto, ontem mesmo em votação na praça essa proposta foi recusada.



 

O aumento
 
As unidades do Restaurante Universitário da UFMT, nos cinco Câmpus, funcionavam com os valores de R$ 0,25 para café da manhã e R$ 1,00 para almoço e jantar, porque os valores eram subsidiados pela instituição em mais de 90% para estudantes.
 
De acordo com a UFMT, o orçamento para custeio e investimento do Governo Federal nas universidades vem caindo, ano a ano. O orçamento de 2017, comparado ao do ano anterior, teve redução de cerca de 38% nos recursos destinados ao capital, utilizado para realização de obras e aquisição de equipamentos, e de aproximadamente 4,5% na verba destinada ao custeio, referente a manutenção de despesas básicas.
 
A universidade havia comunicado que haveria uma ampliação do acesso gratuito aos estudantes que comprovem renda até 1,5 salário mínimo ao Restaurante Universitário (RU) e acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e da UFMT. Estudantes com renda superior pagarão o valor sem subsídio, que é R$ 5.