Com salários escalonados, servidores da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc) estariam tirando dinheiro do próprio bolso para comprar água e até mesmo papel A4. Isso porque os fornecedores não estariam fazendo o reabastecimento com frequência na sede da Pasta, localizada no (Centro Politico Administrativo CPA), em Cuiabá.

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Parte dos servidores da Seduc está inclusa nos 10% que ainda não receberam o pagamento do Governo. Em primeira aparição pública após dois meses de perder a eleição, o governador Pedro Taques (PSDB) disse que está trabalhando para que o Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) seja liberado, para que o Estado tenha condições de arcar com a folha. Somente aposentados, pensionistas e servidores da ativa que recebem até R$ 6 mil foram pagos nesta segunda-feira (10). 
 
De acordo com a denúncia enviada ao Olhar Direto, servidores estariam trabalhando no mês de dezembro, final de ano letivo, sem papel. A Seduc, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o contrato está em vigor e o fornecimento está sendo mantido. Além disso, pontuou que não há qualquer suspensão e os pagamentos estão sendo programados conforme o cronograma. 
 
Outro fato apontado à reportagem seria a falta de água. Um ofício enviado nesta segunda-feira (10) informa a suspensão no fornecimento de água. O motivo, porém, não consta no documento. Mesmo sem receber, servidores estariam fazendo ‘vaquinha’ para comprar água durante o trabalho. Foto enviada por um servidor mostra a motocicleta de uma distribuidora no estacionamento da Seduc.  
 
Conforme a Pasta, a suspensão do fornecimento pela empresa contrata foi irregular e não possui amparo legal. Por meio de nota, a Seduc ressaltou que os repasses estão sendo liquidados e pagos.
 
Confira nota na íntegra:

Sobre a notícia veiculada sobre o fornecimento de água, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) informa que:

1 – A suspensão do fornecimento pela empresa contratada foi irregular e não possui amparo legal;

2 – Sendo assim, a Seduc notificou a empresa responsável, que está descumprindo o contrato firmado no início do segundo semestre deste ano, sob pena de sofrer sanções dispostas na Lei 8.666/1993, pelos prejuízos que causar à administração pública;

3 – Ressalta que o contrato está em dia, com repasses liquidados e pagos, e que, por isso, não há motivos para a suspensão do serviço.