O delegado Valmon Pereira da Silva, que investiga o duplo homicídio em Sapezal (a 478 quilômetros de Cuiabá), aponta que Marya Heduarda Magalhães Marçal, e Taynara Inácio dos Santos, ambas com 16 anos, tinham envolvimento com uma facção criminosa.

Até o momento nenhum suspeito chegou a ser identificado e o delegado cita a ‘lei do silêncio’ que impera na região. Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Taynara estava grávida, com período estimado de três a cinco meses de gestação.

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Ao Olhar Direto, o delegado explicou que trabalha com duas linhas de investigação. Entretanto, afirmou não poder revelar quais são para não atrapalhar na elucidação do caso. Inicialmente, de acordo com Valmon, sabe-se que a ordem do duplo homicídio pode ter sido dada pela organização criminosa.
 
Nos últimos dias, várias amigas de Marya e Tayanara foram ouvidas, contudo, o delegado afirma que não conseguiu informações que podem esclarecer os crimes e cita a ‘lei do silêncio’, ou seja, quando as pessoas não contam o que sabem por medo dos crminosos. Uma testemunha chave deverá ser ouvida nos próximos dias.
 
O caso
 
As vítimas foram localizadas em uma lavoura de algodão, na Fazenda Tucunaré, nas proximidades do km 10, em Sapezal, sentido ao município de Campos de Júlio, na sexta-feira (3). As amigas estavam desaparecidas desde o último sábado (27).
 
De acordo com informações da Polícia Civil, por volta das 10 horas do último dia 3, uma equipe foi acionada para atender uma ocorrência de encontro de cadáveres. No local, constataram a veracidades dos fatos e observaram que os corpos estavam em avançado estado de decomposição.

Análise preliminar apontava para a possibilidade de morte por disparo de arma de fogo. Os dois corpos foram encaminhados para exame de necropsia do Instituto Médico Legal (IML), que confirmou a identidade das garotas e apontou a gestação de uma delas. Até o momento nenhum suspeito do duplo homicídio chegou a ser localizado pela Polícia Civil.