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Sexta-feira, 09 de agosto de 2024

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APÓS NOTA DA ASSOF

Corregedoria apura se militares presos acusados de 'negociar' celulares na PCE faziam trabalho para inteligência da PM

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Corregedoria apura se militares presos acusados de 'negociar' celulares na PCE faziam trabalho para inteligência da PM
A Corregedoria da Polícia Militar irá apurar se os militares presos na última terça-feira (19), durante a ‘Operação Assepsia’, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado, estavam realizando um trabalho para a inteligência da Instituição. A informação havia sido dada pela Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof/MT).


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Conforme a nota, a Assof só ficou sabendo da prisão através da imprensa e só depois seguiu para a sede da GCCO. Logo depois, a equipe seguiu para o Fórum de Cuiabá, onde verificou que os militares presos se tratavam do Tenente PM Cleber de Souza Ferreira (3º BPM), Subtenente Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira (ROTAM) e Cabo PM Denizel Moreira dos Santos (ROTAM), todos atuando no serviço de inteligência da Polícia Militar.

“Em conversa com os militares, verificamos que na verdade, a prisão deles teria ocorrido por um equívoco, pois o que eles teriam ido fazer na unidade prisional era se reunir com o reeducando para colher informações de ações criminosas que estariam prestes a ocorrer em Cuiabá. É importante registrar, que esses militares já atuaram em diversas operações com apreensão de drogas e armas, bem como, na prevenção de assaltos a estabelecimentos comerciais”, diz trecho da nota. 

A apuração sobre a informação dada pela Assof será apurada por determinação do Comando Geral. Ela será diligenciada, através da Corregedoria, na busca de cópias das oitivas da audiência de custódia. Demais documentos e depoimentos dos policiais militares e outros relacionados ao fato serão produzidos no transcorrer da apuração da sindicância.
 
A Polícia Militar informou ainda que a Corregedoria acompanhou as diligências e o cumprimento das medidas judiciais durante a operação deflagrada pelo GCCO e obteve cópia do inquérito instaurado pela Polícia Judiciária Civil.
 
Operação
 
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu terça-feira (18) sete mandados de prisão e oito ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.
 
Os mandados de prisão foram decretados contra cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE). As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). O diretor da unidade, o sub-diretor e outros três policiais militares são alvos da ação
 
No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.
 
Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico.  Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramento da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
 
Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.
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