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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

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OPERAÇÃO TAPIRAGUAIA

Investigação aponta que Valtenir recebia propina por meio de empresa fantasma e contas de assessores

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Investigação aponta que Valtenir recebia propina por meio de empresa fantasma e contas de assessores
As investigações da Polícia Federal (PF) constataram que a propina do esquema liderado pelo ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB) era paga em dinheiro, boleto e contas de assessores, e até mesmo de empresa fantasma. Segundo a PF, mais de R$ 600 mil foram utilizados pra pagamento de propina.

 
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A análise policial também aponta a emissão de cheques, entregas de dinheiro em espécie e até mesmo pagamento de boletos e contas dos gestores públicos (contas de energia, boletos de estabelecimentos comerciais, dívida em hotéis, etc). Os valores repassados ao deputado eram, em regra, depositados em contas bancárias de seus assessores ou de empresas a eles vinculadas, sendo que uma das empresas é fantasma.
 
Ainda segundo a PF, os assessores e as respectivas empresas recebiam valores avulsos das prefeituras por suposta prestação de serviços de assessoria e consultoria para liberarem as parcelas dos convênios por meio de lobby.
 
As investigações mostram que o então deputado teria viabilizado a realização de convênios entre o Ministério da Integração Nacional – Secretaria Nacional da Defesa Civil e as prefeituras, amparando-se na justificativa de construção de pontes de concreto emergenciais, devido às enchentes provocadas pelas chuvas.
 
Tapiraguaia - Segunda Fase
 
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (22), a segunda fase da 'Operação Tapiraguaia', com o objetivo de combater esquema de desvio de recursos públicos federais e pagamento de proprinas em duas prefeituras de Mato Grosso. Entre os alvos está o ex-deputado federal e atual suplente, Valtenir Pereira (MDB).
 
Participam da ação mais de 30 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), que cumprem 12 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e sete medidas cautelares nos municípios mato-grossenses de Cuiabá, São Félix do Araguaia, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Apiacás e também em Brasília (DF).
 
O mandado contra Valtenir Pereira seria de busca e apreensão. São alvos da operação, além do ex-deputado federal, dois assessores, dois prefeitos, uma presidente de comissão de licitação, dois engenheiros fiscais e um assessor jurídico.
 
Outro nome que é alvo da operação é o ex-prefeito de Confresa, Gaspar Lazzari (PSD),que foi denunciado em abril deste ano pelo Ministério Público Federal (MPF) em Barra do Garças, sob acusação de fraudes nos processos licitatórios referentes às áreas de saúde, educação e infraestrutura rural do município.
 
Ainda conforme o apurado pela reportagem, o ex-procurador do município de Serra Nova Dourada, Marcelo Luiz Faustino Pereira, também seria alvo da ação. Atualmente ele trabalha como assessor parlamentar.
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