O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed) repudiou as falas do secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Possas, que acusou o Conselho Regional de Medicina (CRM/MT) de utilizar o seu poder de fiscalização com objetivos políticos. Além disto, o Sindimed afirmou que a Justiça agiu como a prefeitura deveria ter feito, ao declarar a quarentena obrigatória na cidade.

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O sindicato apresentou moção de aplausos ao CRM, destacando que possui serviços prestados a sociedade mato-grossense e a todos os profissionais médicos. “A acusação leviana é uma afronta a instituição e seus atuais mandatários e não corresponde à realidade, nem condiz com a reputação daquela instituição que possui papel indispensável na garantia do direito à saúde em condições dignas a toda população”, diz trecho da nota assinada pela presidente Evelyn Hack Bidigaray.
 
Além disto, o Sindimed lembra – assim como o fez em seu pedido de lockdown na Justiça – que as mazelas do SUS, que já não eram poucas, em tempos de pandemia, expõem a péssima estrutura, a falta de profissionais e de condições de trabalho.
 
Ainda conforme a nota, há esgotamento dos leitos de UTI na rede particular e falta de materiais e medicamentos para garantia do atendimento à população nos estabelecimentos públicos.
 
“Não é por outra razão que o Município de Cuiabá foi alvo de ação judicial movida pelo Ministério Público e que redundou a determinação liminar de adotar medidas eficazes para conter a pandemia com a restrição da circulação de pessoas e providências para a ampliação de leitos de UTI. Certamente que se estivessem as condições de atendimento adequadas e a mortandade provocada pela pandemia controlada, não seria Vossa Excelência cobrada pelo Poder Judiciário, Ministério Público, CRM-MT e por esta entidade sindical”, finaliza a nota.