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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Empresário da Praça Popular culpa clientes por aglomeração: “dizem que não são obrigados a respeitar”

Foto: Reprodução

Empresário da Praça Popular culpa clientes por aglomeração: “dizem que não são obrigados a respeitar”
O empresário Lucelio Gomes Jacinto, sócio-proprietário do "Buteco 065", localizado na Praça Popular, afirmou que os comerciantes têm se aplicado para seguir as medidas de distanciamento de biossegurança para evitar a propagação da Covid-19 na Capital. Porém, o empecilho encontrado é justamente a engrenagem que movimenta o caixa dos estabelecimentos: os próprios clientes. Apesar das inúmeras recomendações para que se evite aglomerações, eles dizem que não são obrigados a respeitar o decreto municipal, já que ficam nas calçadas e ruas fazendo uso de bebida alcoólica.


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Lucelio diz que seu estabelecimento tem aglomeração de pessoas na calçada, porém, elas são orientadas, mas por estarem na calçada dizem que não são obrigadas a respeitar as medidas do bar.  "O cliente quer ficar em pé e na calçada. Eu tenho dois seguranças, mas falamos e falamos e eles dizem que estão na calçada e não no bar”.
 
“Já chamamos a Polícia Militar, mas o respeito é momentâneo, só enquanto a PM está ali. E não resolve. Chegamos a cortar a venda a esses clientes. E eles compram em outros estabelecimentos. Sabemos disso porque vendemos um tipo de bebida e o cliente na calçada aparece com outra marca de cerveja que não existe no bar", explicou o empresário.
 
Representando o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso - (SHRBS - MT), Luis Carlos Oliveira Nigro, lembra que a Capital de Mato Grosso, tem medidas mais brandas que muitas outras capitais pelo país.
 
"O prefeito tem sido diferenciado dos demais prefeitos de outras capitais. Sempre fomos bem recebidos e ele manteve diálogo com o setor, justificou no início o porquê do fechamento radical. Ele hoje está mais flexível conosco. Queremos falar sobre as responsabilidades dos clientes, pois muitos empresários ficam reféns deles.  Alguns ficam bêbados e qualquer coisa que façamos é dano moral.  Fica difícil para nós também nessa situação", disse o empresário pedindo a colaboração de todos para o enfrentamento a Covid-19.
 
Representantes do ramo de restaurantes, bares e boates e similares estiveram reunidos com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp), no final da tarde dessa quarta-feira (10), onde ficou definido que os estabelecimentos comerciais irão cumprir rigorosamente o decreto decreto Nº 8.316 ,de 25 de janeiro de 2.021 - sobre a suspensão do  Carnaval de 2021 e também irão manter as medidas de biossegurança do decreto 8.204, de 19 de novembro de 2020, ou seja até 70 % da capacidade do local, existência de materiais de higienização, ventilação adequada do local e também a atenção às medidas de biossegurança: uso obrigatório de máscara, distância entre as pessoas. Além do fechamento dos locais à meia noite.
 
"A partir de zero horas quem estiver aberto e em funcionamento será autuado. Não vai ter a perspectiva da orientação porque ninguém pode argumentar desconhecimento do que já está sendo falado há meses. Quem insistir em abrir após esse horário vai correr risco de ser autuado. No começo da pandemia a gente apertou os cintos com aquelas medidas consideradas rígidas, mas necessárias. Talvez a realidade seria diferente se não tivéssemos tomado aquela decisão no passado.  Nesta reunião, com o setor, é para mantermos a aproximação com a classe e fazer o alinhamento para que a fiscalização seja mais efetiva e que sejamos parceiros contra a pandemia.  A Secretaria de Ordem Pública não tem prazer em aplicar multa e fechar estabelecimento de ninguém, mas as medidas restritivas precisam ser cumpridas", disse o secretário da Sorp, Leovaldo Sales.
 
A presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Cuiabá, Lorena Bezerra, ressalta que a reunião foi produtiva para esclarecer algumas dúvidas. Ela destaca que o prefeito Emanuel Pinheiro tem toda razão quando disse: " que, quem faz certo, não pode ser punido por quem faz errado".
 
"As medidas de biossegurança não são novidade apra nós, seguimos todas elas. Mas, às vezes, os estabelecimentos não conseguem, por exemplo, acabar com uma fila fora do estabelecimento. As filas existem porque a capacidade do local já não permite mais a entrada de ninguém. E pessoas passam por ali, tiram fotos e criticam, dizendo que a casa tá cheia, mas não observa que o estabelecimento está fazendo o controle de pessoas", explicou.
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